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Sojicultores observam perdas nas relações de troca em 2021

Análise da DATAGRO tomou como base dados do Paraná, segundo maior produtor da oleaginosa no Brasil.

Análise da Consultoria DATAGRO destaca as relações de troca da soja frente aos seus principais insumos no estado Paraná, segundo maior produtor da oleaginosa no Brasil, tomando como base os preços do mês de setembro para o grão e dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

“Podemos identificar três grandes motivadores dessa variação negativa nas relações de troca da soja brasileira desde o ano passado: o impacto da pandemia na desestruturação da produção global de insumos; a intensa recuperação nos padrões de consumo no Brasil e em todo o mundo; e a manutenção de elevada taxa de câmbio também impactando fortemente nos preços dos insumos”, diz Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.

Houve piora nas relações de troca da soja em todos os sete insumos observados (fertilizantes, ureia, sementes, calcário, óleo diesel, herbicidas, colheitadeiras) na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No que se refere aos fertilizantes, tomando como base a formulação NPK 04-30-10, a relação de troca passou de 13,34 sacas em setembro do ano passado para 20,57 sacas no mesmo mês deste ano, ante média histórica dos últimos 10 anos de 20,46 sacas.

A média histórica da ureia é de 20,75 sacas de soja para adquirir uma tonelada do insumo. Houve forte aumento desde o ano passado, de 15,28 sacas para 20,70 sacas.

Os preços das sementes voltaram a subir consideravelmente nesta temporada em relação ao ano passado, com isso, também houve piora na relação de troca, passando de 2,18 sacas para 2,79 sacas, acima das 2,47 sacas da média de dez anos.

No caso do calcário dolomítico moído, em setembro deste ano se gastaria 0,96 saca de soja para adquirir uma tonelada, ante 0,93 saca em igual período de 2020, no entanto, neste caso ainda abaixo da média de dez anos, de 1,53 saca.

No que diz respeito à aquisição de 100 litros de óleo diesel, a relação de troca subiu de 2,35 sacas em setembro de 2020 para 2,60 sacas no mesmo mês deste ano. A média plurianual é de 3,95 sacas de soja.

No caso dos herbicidas, para adquirir cinco litros de Roundup, a troca passou de 0,72 saca em setembro do ano passado para 0,95 saca neste ano, entretanto, abaixo da média histórica de 1,13 saca.

E, por último, as colheitadeiras. Tem-se observado, no geral, piora no poder de compra da soja sobre as máquinas agrícolas. No caso da colheitadeira John Deere 1470 de 193 CV, a relação de troca, que tem média histórica de 6.712 sacas por unidade, avançou fortemente de 4.611 para 6.559 sacas neste mês de setembro.

“Apesar disso, acreditamos que não haverá redução no padrão tecnológico da safra que está começando, visto que as compras de insumos estão, inclusive, mostrando avanço sobre o último ano. Em uma temporada com aumento muito forte nos custos de produção e sinalização de preços mais acomodados, obter elevada produtividade em 2022 é crucial para a garantia de renda dos produtores”, ressalta França Junior.

Fonte: Datagro

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