Suínos sem ânus: Como lidar com atresia anal em porcos

As causas exatas da atresia anal em leitoas não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel no desenvolvimento dessa anomalia

A atresia anal, uma anomalia congênita que pode ocorrer em diversas espécies, incluindo suínos, compromete a saúde do animal ao impedir a perfuração adequada do ânus, resultando, em muitos casos, em óbito.

Existem três formas distintas dessa condição: atresia anal simples, caracterizada pela obstrução por uma membrana; atresia anal com ausência da porção final do reto; e atresia anal com formação de fístula reto-vaginal.

É importante destacar que aproximadamente 50% das fêmeas com atresia anal acabam desenvolvendo a forma de fístula reto-vaginal. Isso pode dificultar o reconhecimento imediato da condição por parte dos veterinários, sendo identificado muitas vezes apenas durante o auxílio ao parto, tornando a abordagem do problema mais desafiadora.

Sintomas e características

Os leitões afetados manifestam sintomas como incapacidade de defecar normalmente, distensão abdominal, desconforto, falta de apetite e, em casos mais sérios, vômitos. Após as refeições, esses leitões frequentemente apresentam sinais de desconforto, impactando negativamente no ganho de peso normal.

Suínos sem ânus: Como lidar com a atresia anal em leitoas e machos
Foto: Wenderson Araujo/Trilux

Supõe-se que fatores genéticos possam contribuir para a condição. O diagnóstico baseia-se no exame clínico e na confirmação visual da ausência do ânus. Não há medidas específicas de controle ou prevenção para a atresia anal em leitoas.

Causas

As causas exatas da atresia anal em leitoas não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel no desenvolvimento dessa anomalia. A consanguinidade e a exposição a agentes teratogênicos durante a gestação podem aumentar o risco.

Tratamento

A atresia anal só pode ser corrigida por meio de intervenção cirúrgica. Dado seu caráter hereditário, a prevenção de novos casos pode ser alcançada identificando e eliminando o cachaço ou a porca portadores dos genes associados ao defeito.

Suínos sem ânus: Como lidar com a atresia anal em leitoas e machos
fonte: divulgação

É crucial observar que o sucesso da correção cirúrgica está condicionado à natureza do problema. Se envolver uma membrana persistente no esfíncter anal, o procedimento tem maior probabilidade de êxito. No entanto, se a questão estiver relacionada a uma má formação que afete o intestino, as chances de sucesso diminuem.

A correção cirúrgica deve ser conduzida exclusivamente por um médico veterinário nos primeiros dias de vida da cria. O tempo desempenha um papel crucial, pois quanto mais rápido a intervenção for realizada, maior será a probabilidade de recuperação. Demorar demasiado pode comprometer a eficácia do procedimento e tornar a recuperação mais desafiadora.

Escrito por Compre Rural

VEJA TAMBÉM:

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM