
Roriz também destaca que o impacto não se restringe apenas aos produtos finais exportados, mas a toda a cadeia produtiva.
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) manifesta profunda preocupação com os efeitos dessa medida, que atinge diretamente as empresas brasileiras mais produtivas e inovadoras, responsáveis por exportações de alta complexidade tecnológica, geração de empregos qualificados e entrada de divisas no país.
“O mercado americano é estratégico para o Brasil. Exportar para os Estados Unidos significa competir em alto nível e acessar um dos mercados mais exigentes e bem remunerados do mundo. São empresas que investem em tecnologia, em qualidade e que sustentam empregos de melhor remuneração. Uma tarifa de 50% torna praticamente inviável esse tipo de operação, afetando diretamente o faturamento, a rentabilidade e os empregos de qualidade dessas empresas”, afirma José Ricardo Roriz, presidente do conselho da ABIPLAST.
Roriz também destaca que o impacto não se restringe apenas aos produtos finais exportados, mas a toda a cadeia produtiva. Nesse contexto, o setor plástico se mostra fundamental. “O plástico está presente em 95% do que é produzido no Brasil. Ele é parte essencial de embalagens de alimentos, componentes automotivos, fertilizantes, sistemas de irrigação, estufas e logística. Ou seja, além da exportação direta de produtos plásticos, como filmes e embalagens técnicas, nosso setor será afetado indiretamente pela retração de outros setores exportadores”.
A medida representa ainda um duro golpe ao ambiente de negócios brasileiro, segundo Roriz. “Estamos passando de um dos países com menores tarifas de importação para uma situação de isolamento comercial. Isso desestimula o investimento produtivo e compromete a credibilidade do Brasil como parceiro confiável. Empresas internacionais que atuam no país para exportar a partir daqui serão diretamente penalizadas. Estamos vendo crescer um clima de incerteza justamente quando deveríamos estar atraindo investimento estrangeiro”.
O presidente do conselho da ABIPLAST também faz um alerta à condução da política externa brasileira. “É preciso cautela. O Brasil não pode se colocar em disputas geopolíticas que não nos dizem respeito. Precisamos focar em abrir mercados, fortalecer nossas cadeias industriais e garantir segurança jurídica e diplomática. Neutralidade e pragmatismo devem orientar nossa atuação internacional”.
A ABIPLAST reforça que defender a indústria de transformação brasileira é lutar por empregos, inovação, equilíbrio na balança comercial e inserção global com responsabilidade. E reitera seu compromisso com uma indústria do plástico forte, integrada que atua para o crescimento competitivo do país.
Fonte: ABIPLAST
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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