Tendência para o mercado da soja na semana que vem

Entre os pontos que têm dado sustentação às cotações em Chicago está o clima no cinturão de grãos americano, que pode causar perdas na safra dos EUA.

O mercado de soja mantém as atenções divididas entre a reta final do desenvolvimento da nova safra norte-americana e os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional, de acordo com a consultoria Safras. A relação entre Estados Unidos e China também segue no radar.

O analista Luiz Fernando Gutierrez detalhou esses pontos. Fique atento, pois podem mexer com o mercado de soja na semana que vem:

  • A Bolsa de Chicago ganhou volatilidade nos últimos dias diante de especulações relacionadas ao verdadeiro tamanho da nova safra norte-americana;
  • Após o evento climático que atingiu o estado de Iowa na primeira quinzena de agosto, o furacão Laura que atingiu parte da região sul do cinturão produtor acrescentou novas dúvidas;
  • Embora aparentemente o furacão não tenha trazido grandes problemas, os players parecem especular que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trará um corte relevante na estimativa de safra dos EUA em seu relatório de setembro, apontando que os estragos em Iowa foram maiores que os apontados pelo Crop Tour da Pro Farmer. Dessa forma, o mercado parece esperar por uma safra inferior às 118 milhões de toneladas apontadas pela Pro Farmer;
  • É possível, sim, que o USDA traga uma safra inferior à 118 milhões de toneladas, mas essa tendência ainda não parece bem desenhada. Apostar nisso é ir contra os números da Pro Farmer, e tal posicionamento não costuma ser muito assertivo, já que estes números costumam ser um pouco mais conservadores do que os do USDA;
  • De qualquer maneira, o momento é de firmeza para Chicago, com faixa de atuação esperada entre as linhas de US$ 9 e US$ 9,50 nas primeiras posições até o relatório do dia 11;
  • Junto a isso, os últimos dias foram positivos com relação a novas vendas de soja dos EUA para a China, indicando que a demanda chinesa continua se deslocando, cada vez mais, para os portos americanos à medida que o Brasil está esgotando sua oferta para o mercado internacional;
  • Também pesa positivamente o sentimento de que a fase 1 do acordo comercial está evoluindo bem, e que a China ainda poderá honrar o que foi acordado, aumentando suas compras a partir da colheita americana.

Fonte: Agência Safras

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