Tendências mostram inovação e sustentabilidade no agro BR

Essas tendências promissoras não apenas beneficiam economicamente o Brasil, mas também são benéficas para um futuro mais sustentável e saudável para o país e o mundo; conheça.

O agro brasileiro tem se destacado ao longo das últimas décadas, não apenas como um dos principais pilares da economia nacional, mas também como um exemplo de inovação e sustentabilidade. Diversos fatores desenvolvidos para essa transformação, incluindo a abundância de recursos naturais e a competência dos agricultores. Neste artigo, vamos explorar três tendências que refletem a inovação e a sustentabilidade do agro brasileiro.

1. Biotecnologia:

O Brasil se tornou o maior produtor e usuário de agentes de biocontrole do mundo, uma conquista que resultou de décadas de trabalho e pesquisa. Essa expertise na agricultura tropical ajudou ao país se destacar como o principal fornecedor de commodities essenciais, como café, soja, cana-de-açúcar e laranja. Em 2021/2022, o país produziu apenas essas culturas, desempenhando um papel crucial no abastecimento global.

Foto: Agro Bayer

No entanto, a agricultura tropical do Brasil também enfrenta desafios, como a resposta de declarações conservadoras. Como resposta a esses empecilhos, o número de produtos biológicos registrados no Brasil aumentou significativamente, refletindo a importância do controle biológico para a produção sustentável.

A preservação dos agroecossistemas é uma demanda crescente dos mercados globais, e o controle biológico desempenha um papel fundamental nesse contexto, permitindo a produção de alimentos de forma sustentável.

2. Biogás:

O biogás é uma fonte de energia renovável que ganha cada vez mais destaque no cenário brasileiro e global. Ele é produzido a partir da destruição de matéria orgânica, incluindo resíduos agrícolas, agropecuários e lixo comum. O biogás é uma alternativa promissora para a produção de energia limpa, pois pode ser utilizada para substituir o diesel e o gás natural, além de gerar eletricidade.

O Brasil já ocupa uma posição significativa no mercado de biogás, ocupando o 9º lugar entre os maiores produtores do mundo. Esse crescimento é impulsionado em grande parte pelo setor do agronegócio, que tem investido na produção do combustível. O potencial do Brasil para expandir essa indústria é notável, devido à capacidade de investimento das usinas.

Foto: Órigo Energia

Em 2022, foram instaladas ou reformadas pelo menos 56 plantas de produção, somando-se às 755 já existentes. A produção de biogás atingiu 2,8 bilhões de metros cúbicos, representando um crescimento de 21,3% em relação a 2021. Estima-se que até 2030, o país poderá oferecer 30 milhões de metros cúbicos de gás natural renovável por dia, o que equivale a 11 bilhões de metros cúbicos por ano.

Além de gerar energia, o biogás também tem o potencial de produzir subprodutos valiosos, como o CO2, que pode ser utilizado nas indústrias de alimentos, bebidas, siderurgia e saúde, substituindo as fontes de CO2 derivadas do petróleo. Outra aplicação promissória é a produção de hidrogênio verde, que é considerada o combustível do futuro. O Brasil tem potencial de produzir 13 milhões de toneladas de hidrogênio verde até 2040, movimentando um mercado global que pode chegar a US$ 200 bilhões em 20 anos.

3. Fazendas Verticais:

As fazendas verticais representam uma revolução na agricultura ao oferecer uma abordagem inovadora para a produção de alimentos. Essas fazendas utilizam tecnologia de ponta para cultivar alimentos em estruturas verticais, eliminando a necessidade de grandes áreas de terra e diminuindo a dependência de agrotóxicos.

Em vez de cultivar frutas e vegetais em fazendas convencionais e transportá-los por longas distâncias, as fazendas verticais possibilitam a produção local em edifícios em áreas urbanas. Essas estruturas atingem até 14 metros de altura e oferecem uma produção mais frequente em comparação com as fazendas tradicionais. Enquanto uma colheita em campo convencional ocorre duas vezes por ano, as fazendas verticais podem colher até 15 vezes por ano.

A fazenda vertical agrícola não apenas economiza combustível e reduz as emissões de carbono devido ao menor transporte de alimentos, mas também prolonga a vida útil dos produtos. Controlando cuidadosamente o ambiente de cultivo, os alimentos produzidos em fazendas verticais podem durar de 13 a 14 dias, em comparação com os 3 a 4 dias típicos da agricultura convencional.

Foto: Startups

As fazendas verticais estão experimentando um crescimento impressionante em todo o mundo, com prospecções de que o mercado global triplicará nos próximos cinco anos, atingindo US$ 9,7 bilhões até 2026. Além disso, projeções apontam para um mercado de US$ 17, 6 bilhões até 2028. Esse modelo inovador não apenas melhora a disponibilidade de alimentos locais, mas também contribui para a sustentabilidade ao reduzir a pegada ambiental da agricultura convencional.

Conclusão

Em resumo, o agro brasileiro está demonstrando sua inovação e compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento da biotecnologia, do biogás e também do crescimento das fazendas verticais. Essas tendências promissoras não apenas beneficiam economicamente o Brasil, mas também são benéficas para um futuro mais sustentável e saudável para o país e o mundo.

Escrito por Compre Rural com informações do portal Neo Feed.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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