O Brasil é o país que reúne as melhores condições para produção de alimentos na escala exigida pelo atual e progressivo mercado mundial sem prejuízos para o consumo interno
Por José Humberto Guimarães* – Na maioria dos municípios do interior brasileiro, lideranças locais ainda não se deram conta de que a produção de alimentos é o melhor recurso que se tem na atualidade para promover o desenvolvimento das suas regiões, garantindo geração de empregos e renda. Instituições públicas e privadas não avaliam ainda como promover a boa ocupação da terra com atividades que produzam alimentos demandados pelo mercado interno e externo.
A instalação de empreendimentos tecnificados executados por profissionais agropecuaristas está sendo o meio prático e eficiente para movimentar a riqueza de regiões onde ainda impera a pecuária bovina extensiva e predominam áreas de terras planas, mecanizáveis, bem localizadas, mas recobertas com pastagens improdutivas.
A diversificação de culturas sobre espaços territoriais mal ocupados, substituindo-os por atividades produtivas de alto rendimento, implementam expressiva movimentação da riqueza dos municípios interioranos onde são praticadas.
O mercado para produtos agrícolas vem crescendo acentuadamente no consumo interno e já atende uma parcela de aproximadamente 900 milhões de pessoas no exterior. Países populosos firmam contratos de longo prazo para aquisição de soja e milho e outros grãos.
Estes negócios projetam regularidade e ampliação do comércio, tendo em conta as políticas de segurança alimentar adotadas por nações que buscam a estabilidade social.
Projeta-se que o Brasil deve elevar a produção de grãos, das atuais 310 milhões de toneladas, para cerca de 350 milhões, até 2030. As exportações de soja e milho deverão alcançar mais de 100 e 50 milhões de toneladas, respectivamente.
O Brasil é o país que reúne as melhores condições para produção de alimentos na escala exigida pelo atual e progressivo mercado mundial sem prejuízos para o consumo interno. O país tem apenas 8% da sua área territorial ocupados com cultivos agrícolas, enquanto a China tem 58% e a Índia, 61%. Com um gigantesco espaço ainda a ser ocupado, cerca de 100 milhões de hectares, constituído em quase sua totalidade por pastos de baixa eficiência, agricultores brasileiros têm como ampliar suas lavouras lançando mão de um mecanismo de desenvolvimento já bem praticado, mas podendo ser muito mais utilizado: o arrendamento de terras.
A substituição do pasto degradado pela produção de grãos propiciará a introdução de atividades rentáveis em regiões até então desprovidas dos meios apropriados para dinamizar sua economia, como é o caso da ambicionada integração lavoura-pecuária.
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