Tocantins não será palco de arbitrariedades ambientais travestidas de boas intenções, diz Aprosoja-TO

‘O produtor tocantinense, que preserva,produz e respeita as leis, não aceitará ser submisso a um sistema paralelo de controle imposto por empresas que operam como extensão de legislações estrangeiras’.

Em uma demonstração clara de alinhamento com os interesses do setor produtivo e de compromisso com a soberania nacional, a Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins aprovou, com apoio expressivo dos parlamentares, o Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Gutierres Torquatto, que estabelece um marco de resistência contra os abusos promovidos por corporações multinacionais signatárias da chamada Moratória da Soja.

A medida é vista pela Aprosoja Tocantins como um divisor de águas na luta contra os conluios privados que tentam, de forma recorrente, submeter o produtor tocantinense a regras estrangeiras, ignorando o ordenamento jurídico brasileiro. Nos últimos anos, vimos crescer não apenas os efeitos nocivos da Moratória da Soja no bioma Amazônia, como também as investidas para a expansão do mesmo modelo de bloqueio comercial sobre o Cerrado, através de tentativas de implantação da chamada “Moratória do Cerrado” — mais uma iniciativa alheia à legalidade nacional, sem qualquer respaldo em lei ou em decisão democrática.

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Essas pressões se intensificaram após a promulgação do regulamento europeu conhecido como EUDR – European Union Deforestation Regulation, que estabelece restrições à importação de produtos originados de áreas consideradas desmatadas após dezembro de 2020 (ainda que legalmente), com exigências que extrapolam os critérios da legislação brasileira e ignoram a realidade fundiária e produtiva do país. Em outras palavras, o que está em curso é a tentativa de colonização regulatória do Brasil, com multinacionais operando como vetores da legislação europeia, impondo barreiras comerciais sob o pretexto de sustentabilidade, enquanto praticam verdadeira exclusão econômica de produtores que seguem à risca o Código Florestal Brasileiro.

A Moratória, longe de ser uma política pública ou um pacto legítimo, se converteu em mecanismo de dominação econômica, blindando as grandes empresas perante o mercado internacional, ao mesmo tempo em que sufoca produtores locais com exigências desproporcionais, não previstas em lei, e sem qualquer direito de defesa. Seus efeitos se traduzem em queda de renda, desvalorização fundiária, exclusão de acesso ao crédito e criminalização indevida de atividades agrícolas plenamente legais.

Aprovado com amplo apoio, o projeto de lei liderado por Gutierres Torquatto representa o início de uma reação institucional à altura dos ataques enfrentados. O Tocantins não será palco de arbitrariedades ambientais travestidas de boas intenções. O produtor rural tocantinense, que preserva, produz e respeita as leis, não aceitará ser submisso a um sistema paralelo de controle imposto por empresas que operam como extensão de legislações estrangeiras.

A Aprosoja Tocantins parabeniza a Assembleia Legislativa e reafirma: este é apenas o começo. Outras medidas serão apoiadas, promovidas e defendidas com firmeza. Não nos curvaremos. O Brasil é um país soberano, com leis próprias, agricultores resilientes e uma missão inegociável: produzir com responsabilidade, mas com liberdade.

Fonte: Aprosoja TO

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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