Top 5 galinhas-d’Angola que estão dominando os criatórios

Conhecida por muitos nomes – como capote, guiné ou pintada – essa ave de origem africana esconde uma diversidade fascinante, que vai muito além da versão mais comum de plumagem cinza salpicada de branco

Muito mais do que aves exóticas, as galinhas-d’Angola vêm ganhando destaque nos criatórios de norte a sul do Brasil. A variedade de espécies, a rusticidade e a beleza singular dessas aves têm despertado o interesse de criadores e entusiastas da avicultura alternativa. Conhecida por muitos nomes – como capote, guiné ou pintada – essa ave de origem africana esconde uma diversidade fascinante, que vai muito além da versão mais comum de plumagem cinza salpicada de branco.

Originária das savanas e florestas da África Subsaariana, a galinha-d’Angola foi domesticada há séculos e levada pelos portugueses para diversos continentes. No Brasil, se adaptou com facilidade graças à sua resistência ao clima tropical e à dieta onívora, baseada em sementes, pequenos insetos e restos orgânicos. Hoje, em 2025, com a crescente busca por aves ornamentais e sistemas de produção mais sustentáveis, a espécie vive uma nova onda de valorização.

Um animal cheio de histórias

A galinha-d’Angola também está envolta em mitos. Uma antiga lenda africana conta que, ao tentar imitar a beleza do melro, a ave foi amaldiçoada com um corpo magro e coberto de manchas, para ser perseguida pelo leopardo. O seu canto repetitivo – que muitos interpretam como um “tô fraco” – reforça a aura curiosa em torno da espécie.

Mas, ao contrário da praga, a aparência marcante da galinha-d’Angola acabou sendo seu principal atrativo, transformando-a em um ícone nas propriedades rurais, onde exerce não só papel ornamental, mas também funcional, por ajudar no controle de pragas e atuar como “sentinela” contra predadores.

Conheça as 5 variedades que estão em alta nos criatórios

Embora a galinha-d’Angola de plumagem cinza com pintas brancas seja a mais comum no Brasil, há outras raças menos conhecidas que vêm ganhando espaço entre os criadores em 2025. A seguir, conheça cinco tipos de galinha-d’Angola que merecem destaque:

1. Fraca-Cristata

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Foto: Divulgação

Natural de regiões arborizadas e savanas africanas, essa variedade é reconhecida pelo tufo de penas pretas no topo da cabeça, formando uma crista desordenada. Seu corpo exibe um tom cinza escuro com as clássicas pintinhas brancas. Embora sua beleza seja notável, trata-se de uma ave territorialista e agressiva, menos indicada para ambientes domésticos.

  • Altura média: até 50 cm
  • Comportamento: defensivo e dominante
  • Habitat original: África Central

2. Peito Branco

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Foto: Divulgação

É a espécie mais rara entre as galinhas-d’Angola e sua distribuição natural é bastante limitada, ocorrendo em florestas densas de países como Guiné, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim. A sua plumagem escura contrasta com o peito branco e o pescoço avermelhado, dando-lhe uma aparência exótica.

  • Status: quase ameaçada na natureza
  • Diferencial: dimorfismo sexual evidente – machos maiores e com esporas

3. Plumífera

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Foto: Divulgação

Esta variedade, presente nas florestas da África Central, lembra a Fraca-Cristata, mas se diferencia pela crista preta mais reta e elegante. Seu porte é um pouco mais avantajado, e seu comportamento é menos agressivo, o que tem atraído criadores brasileiros em busca de aves diferenciadas, porém manejáveis.

  • Habitat natural: áreas densas de vegetação
  • Altura média: ligeiramente superior às demais

4. Negra

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Foto: Divulgação

Ainda pouco conhecida fora da África, a galinha-d’Angola negra é uma das mais misteriosas. Sua plumagem inteiramente preta confere-lhe um visual imponente. A ausência de penas na cabeça e no pescoço, que têm coloração rosada, confere-lhe um ar quase mitológico.

  • Criação: rara fora de seu habitat
  • Curiosidade: vive em regiões isoladas e de difícil acesso

5. Vulturina

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Foto: Divulgação

Considerada a mais imponente de todas, a Vulturina impressiona por seu tamanho – podendo alcançar até 71 cm de altura – e por sua coloração vibrante. Possui peito azul intenso, corpo preto com listras e pintas brancas, e cabeça nua, lembrando a de um abutre (daí o nome). A espécie tem se tornado um verdadeiro objeto de desejo entre colecionadores e criatórios especializados.

  • Altura: entre 61 e 71 cm
  • Aparência: ornamental e exótica
  • Origem: savanas do leste africano

Diversidade que inspira

O universo das galinhas-d’Angola vai muito além do que costumamos ver nos quintais brasileiros. Em 2025, com o fortalecimento da avicultura alternativa e da busca por espécies diferenciadas, essas aves ganham espaço como animais de estimação, ornamentais e até mesmo parte de projetos de preservação genética.

Se você está pensando em iniciar um criatório ou apenas é apaixonado pela biodiversidade do mundo animal, vale a pena considerar essas cinco variedades. A galinha-d’Angola é, sem dúvida, uma joia africana que encontrou um lar fértil em solo brasileiro.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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