Trânsito de animais entre estado do Sul terá grupo de trabalho

Medida melhorará o controle de trânsito e vigilância agropecuária agora que esses estados não vacinam mais contra a febre aftosa

A criação de um grupo para harmonizar as medidas de trânsito de animais, produtos e subprodutos de origem animal entre os três estados do Sul foi uma das definições da 3ª Reunião do Bloco V do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa. A medida estava listada como uma das pendências para oportunizar melhorias no controle de trânsito e vigilância agropecuária agora que esses estados não vacinam mais contra a febre aftosa. O encontro, realizado por plataforma virtual na manhã desta quinta-feira (10), reuniu representantes do setor produtivo e do Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além da equipe do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura.

Dados apresentados pela médica veterinária da Divisão de Febre Aftosa do Mapa, Ana Carla Vidor, apontam que só o bloco V, composto pelos três estados do Sul, possui um rebanho de 26 milhões de animais, número superior ao de vários países da América do Sul como Venezuela, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber, representou o setor privado do estado no encontro. Ele afirmou que o desafio atual é fazer mais e melhor com menos. “Temos o Rio Grande do Sul com um perímetro de fronteira bastante extenso, e estamos assumindo o compromisso de controlar e ajudar a evitar qualquer reingresso da doença no país”, afirmou, considerando todos os desafios ocorridos no ano de 2020.

Uma das demandas do setor produtivo ao longo dos últimos anos, a criação de um banco de antígenos, foi abordado no encontro. O diretor do DSA, Geraldo Moraes, revelou que até o primeiro trimestre de 2021 o tema será definido. “Já realizamos em parceria com a USP várias simulações para definir quais as cepas (de vírus) e quantidades necessárias”, disse Moraes. Segundo ele, para as cepas prevalentes existe oferta de vacinas por alguns anos. Já para as cepas exóticas, de fora do Conesul, são necessárias algumas definições.

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