Uma das maiores produtoras de genética Braford é alvo de furto

A propriedade santanense é uma das principais produtoras de genética Braford do Brasil, sendo reconhecida nacionalmente. A insegurança no campo, infelizmente atingiu sua propriedade que, neste mês, sofreu com furto de animais registrados, deixando prejuízo gigante

A Estância Bela Vista, de propriedade de Celina Gladys Albornoz Maciel, localizada no Passo do Sarandizinho, interior de Sant’Ana do Livramento, foi alvo de furto-abigeato quando foram furtadas 17 vacas e 9 vaquilhonas, totalizando 26 animais. O fato aconteceu na primeira quinzena deste mês de março. Os animais foram levados da propriedade deixando um prejuízo gigante, já que trata de animais registrados da raça Braford.

O aumento do crime de furto de gado no Brasil pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo a falta de segurança nas áreas rurais, a demanda por carne bovina no mercado negro, e a dificuldade das autoridades em patrulhar vastas áreas rurais. Além disso, a falta de punição efetiva para os criminosos também pode contribuir para o aumento desse tipo de crime.

A propriedade santanense é uma das principais produtoras de genética Braford do Brasil, sendo reconhecida nacionalmente pela sua tradição em produzir animais de elite. Segundo o Boletim de Ocorrência registrado de forma online na Polícia Civil, os animais possuem marca, sinal e tatuagem.

O registro detalha ainda que houve rompimento de obstáculos para acessar o local onde estavam os animais e que aramados foram deitados, embora não tenham sido encontrados nenhum tipo de ferramenta ou objeto no local. Os animais possuem marca no lado direto e sinal de flexa para baixo nas duas orelhas.

O caso está sendo investigado pelo Núcleo Especializado na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato da Polícia Civil de Sant’Ana do Livramento. A reportagem do Jornal A Plateia conversou com a proprietária da Estância Bela Vista, Celina Maciel, que disse estar muita abalada com toda a situação e com o prejuízo contabilizado.

“Nós fizemos o registro na Brigada Militar e na Polícia Civil que está realizando a investigação. Esse furto foi aqui, na Bela Vista, de 26 vacas registradas do nosso plantel e, infelizmente, até agora não se conseguiu pegar os responsáveis. Esse gado é todo registrado e as vacas estavam prenhes. São animais muito diferenciados, de valor agregado se comparado ao gado comum. E o que nos causa estranheza é que nós não estamos em uma região tradicional de roubo de gado aqui no munícipio, para se ter uma ideia a última vez que tivemos um problema dessa magnitude foi na época do meu pai há mais de 20 anos. Então, realmente para nós foi muito desagradável, pois nós temos todo o gado muito bem contado e esse furto foi detectado muito rapidamente. Agora está em processo de investigação”, disse Celina.

Quem tiver alguma informação sobre o caso basta entrar em contato diretamente com o Núcleo Especializado na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato da Polícia Civil pelo fone e WhatsApp 55 55 324295.

Aumento do furto de gado no Brasil

O furto de gado, conhecido como abigeato, tem crescido significativamente no Brasil, com um aumento de 13,4% em relação ao ano anterior, causando um dano estimado em R$ 70,6 milhões. Essa prática não só afeta os proprietários rurais mas toda a cadeia produtiva da carne, impactando o mercado e podendo chegar à mesa da população, representando um crime contra o patrimônio, a economia e a saúde pública. As medidas legais recentes buscam combater essa prática, mas a impunidade e as dificuldades na investigação e punição dos culpados ainda são grandes desafios.

Prisão de abigeatário

Em contato com o setor, os investigadores informaram que seguem realizando as oitivas a fim de elucidar os fatos. E que no dia 22/03/2024, a Polícia Civil de Sant’Ana do Livramento, através dos agentes que compõem o Núcleo de Repressão aos Crimes Rurais e do Setor de Investigação, cumpriram mandado de um indivíduo, 43 anos, suspeito da prática de quatro furtos de semoventes no ano 2023, que levou o Poder Judiciário a deferir a prisão preventiva. Após os procedimentos de praxe, o indivíduo foi encaminhado à penitenciária local, ficando à disposição do Poder Judiciário.

Compre Rural com as informações do A Plateia

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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