
Cordão umbilical é porta de entrada para infecções graves; uso de iodo e colostro é essencial para garantir a sobrevivência dos bezerros
O nascimento de um bezerro é um momento crucial para a saúde e o futuro produtivo do animal. O cordão umbilical, que serviu de ligação vital entre mãe e cria, torna-se imediatamente após o parto uma porta de entrada para microrganismos causadores de doenças.
Em muitas fazendas ainda é comum o uso de soluções caseiras, como óleo queimado ou até cinzas, na tentativa de secar o umbigo. No entanto, especialistas alertam que essa prática, além de ineficaz, pode agravar os riscos de infecção.
Problema
Sem a correta desinfecção, o umbigo é alvo fácil de bactérias e larvas de moscas, resultando em onfaloflebite (infecção nas veias umbilicais) e septicemia, quadro que pode levar o bezerro à morte em poucos dias. Além disso, a falta de ingestão adequada de colostro nas primeiras horas aumenta ainda mais a vulnerabilidade.
Consequências
Infecções umbilicais comprometem a imunidade, provocam atrasos no desenvolvimento e elevam significativamente os custos com medicamentos. A mortalidade de bezerros por falhas no manejo neonatal continua sendo uma das principais causas de perdas na pecuária de corte e leiteira, reduzindo a taxa de reposição de matrizes e o desempenho econômico das propriedades.
Soluções
O protocolo correto é simples e eficiente: cortar o cordão a dois dedos da pele e mergulhar em solução de iodo a 10%, repetindo a aplicação por 2 ou 3 dias. O parto deve ocorrer em local limpo, com cama seca, e o bezerro precisa ingerir pelo menos 10% do peso vivo em colostro nas primeiras 24 horas. Em casos de inchaço, secreção ou febre, deve-se acionar um médico veterinário imediatamente. Capacitações oferecidas pelo SENAR e materiais técnicos da Embrapa são aliados importantes para reduzir falhas nesse processo.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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