Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?

Usinas de biometano serão financiadas pelo Ministério do Meio Ambiente

Estimativa da quantidade de vendas em território nacional, é de comercializar cerca de 400 destas máquinas no mundo até o final deste ano

Parte dos recursos advindos de financiamentos à agenda climática será usada pelo Ministério do Meio Ambiente, para construir usinas de biogás e biometano. Isso porque, a produção dos biocombustíveis está diretamente ligada à utilização de resíduos que, quando não destinados devidamente, contribuem para a emissão de gases de efeito estufa, como é o caso dos dejetos animais. Em entrevista, o ministro Joaquim Leite não deu detalhes sobre qual o montante a ser investido nas usinas, mas afirmou que o anúncio das construções deve acontecer ainda em 2022, com foco principal na região Norte.

“Os financiamentos de clima estão sendo direcionados para isso, para desenvolver usinas de biogás e biometano, por exemplo, no meio da floresta, em casos em que exista o resíduo para geração de energia. Já começaram os estudos, estamos vendo quais locais teriam o volume necessários de resíduo para instalar essas usinas”, disse.

O biometano tem ganhado novos interessados, seja pela alternativa aos altos preços dos combustíveis, pela urgência climática ou pela oportunidade de transformar um passivo ambiental em energia, o fato é que a busca pelo tema no decorrer da Agrishow, realizada na última semana em Ribeirão Preto, foi grande.

Na oportunidade, a empresa de máquinas New Holland anunciou o lançamento comercial no Brasil do trator movido pelo biocombustível. Ainda sem saber estimar a quantidade de vendas em território nacional, a expectativa é de comercializar cerca de 400 destas máquinas no mundo até o final deste ano. O preço do modelo é 40% a mais em comparação com a máquina convencional.

De acordo com Eduardo Luís, diretor de negócios da empresa para América Latina, de 5% a 7% da produção global de tratores deve se voltar aos modelos movidos a biometano, mas ainda há um trabalho cultural de construir a mentalidade do produtor em investir em biocombustíveis. Para isso, ele diz ser fundamental criar mecanismos que incentivem a produção do gás, como facilitar o acesso a crédito e linhas de financiamento para a infraestrutura de usinas nas propriedades.

Quem também defende mais políticas públicas para o avanço da agenda do biocombustível é Deise Dellanora, diretora de Food Solutions da Yara Fertilizantes. Para ela, o biometano é uma oportunidade de transição enérgica rápida e acessível, mas nada adianta produzi-lo sem reduzir o custo logístico para que o gás chegue ao seu destino. “Fertilizante verde é demanda mundial e os produtores mostram interesse em descarbonizar a cadeia e ter um ativo financeiro pensando no mercado de carbono”, afirma.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM