Essas forragens estão sendo utilizadas em propriedades rurais pela equipe da Embrapa, no intuito de solucionar problemas de oferta de forragem nas épocas mais secas do ano.
O projeto Lagos do São Francisco, uma parceria da Embrapa Semiárido, Chesf e BNDES, com apoio da Univasf e de prefeituras municipais, vem propagando o uso da palma forrageira e da gliricídia como alimentos na bovinocultura leiteira do Semiárido.
Essas forragens estão sendo utilizadas em propriedades rurais pela equipe da Embrapa, no intuito de solucionar problemas de oferta de forragem nas épocas mais secas do ano.
Os trabalhos também buscam melhorar os custos para a produção de leite, já que a alimentação representa de 40% a 60% das despesas na criação animal, variando em função da eficiência do manejo alimentar, que pode ser otimizado na diversidade e qualidade das forragens.
A pesquisadora da Embrapa Semiárido Salete de Moraes lembra que o produtor não precisa ficar limitado aos alimentos convencionais como milho e soja, que possuem uma variação de preço muito alta, principalmente pelo envolvimento com o mercado internacional, aliados às oscilações climáticas.
“Em virtude do aumento dos custos para suprir a demanda de forragens e insumos, estamos buscando alternativas mais sustentáveis e que minimizem as despesas essenciais para a criação do gado leiteiro”, comenta a pesquisadora.
Salete explica que a palma forrageira, espécie de origem mexicana, foi trazida para o Brasil no século 19 e desde a década de 40 é utilizada para alimentar rebanhos devido a sua composição rica em carboidratos e água. Já a gliricídia, árvore de porte médio nativa da América Central, é uma leguminosa difundida como banco de proteína nas propriedades, apresentando de 17 a 22% de proteína bruta na sua composição.
“A combinação das duas é uma solução bem sucedida, pois além de apresentarem uma composição química semelhante aos alimentos convencionais que normalmente são utilizados, juntas elas possuem os nutrientes necessários para os animais. É uma maneira de diminuir os custos e aumentar a produtividade leiteira com aporte de água, carboidratos, fibra e proteína”, enfatiza.
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Para o fornecimento dessas duas forragens, a palma pode ser oferecida no estado natural, apenas picada no cocho. A gliricídia pode ser oferecida triturada ou ainda conservada na forma de silagem ou feno.
A recomendação aos produtores é que escolham sempre recursos forrageiros adaptados às condições climáticas da região, e sigam as orientações técnicas relacionadas ao plantio diversificado de espécies que atendam às exigências de produção dos animais.
As informações são do Embrapa Semiárido, adaptadas pela equipe MilkPoint.