
Raça Jersey brilha em dose dupla durante a Expointer 2025 e confirma protagonismo no cenário leiteiro brasileiro; Além do feito no gado adulto, ela também brilhou na categoria jovem com Angel Sinatra 304 Cabanha da Figueira produzindo 51,50 kg de leite
A Expointer 2025, em Esteio (RS), entrou para a história da pecuária leiteira nacional com a conquista de dois recordes inéditos pela raça Jersey, reconhecida mundialmente por sua alta produtividade de sólidos e pela qualidade do leite. Em um feito impressionante, a vaca Escondida Ian da Ventana, de propriedade da criadora e expositora Carmem Petersen Dias da Costa, alcançou a marca de 83,40 kg de leite em apenas 24 horas, durante o torneio leiteiro de gado adulto. A performance ocorreu em três ordenhas e estabeleceu um novo patamar de excelência para a raça no Brasil.
O resultado reforça não apenas o potencial genético da Jersey, mas também o trabalho de seleção, manejo e dedicação dos criadores que têm investido na raça. Segundo especialistas, marcas como essa evidenciam como a Jersey pode se consolidar ainda mais como referência para a produção leiteira de qualidade.
Recorde em dose dupla na Expointer
Além do feito no gado adulto, a Jersey também brilhou na categoria jovem. O animal Angel Sinatra 304 Cabanha da Figueira, criado e exposto por Geferson e Janice Tessmer, conquistou o recorde nacional na categoria até 36 meses, com 51,50 kg de leite produzidos em três ordenhas ao longo de 24 horas. Esse desempenho reforça a consistência genética da raça e sua capacidade de apresentar resultados expressivos desde a juventude.
Dois recordes históricos no mesmo evento consolidam a Expointer como palco de grandes conquistas e confirmam a relevância da Jersey para a pecuária leiteira brasileira.
A força da raça Jersey no Brasil
Originária da Ilha de Jersey, no Canal da Mancha, a raça é valorizada mundialmente pela alta eficiência produtiva e pelo leite de altíssimo teor de sólidos, rico em proteína e gordura, características essenciais para a produção de queijos, manteiga e outros derivados de qualidade superior.
No Brasil, a Jersey ganhou espaço principalmente em estados com forte tradição leiteira, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Sua adaptabilidade ao clima e manejo, aliada à rusticidade, faz dela uma das raças mais eficientes para sistemas intensivos e sustentáveis.
O papel do leite Jersey na indústria de lácteos
O leite da Jersey é considerado estratégico para a indústria de derivados. Por apresentar maior concentração de sólidos, permite maior rendimento na produção de queijos e manteiga, o que significa que, a cada litro, há mais aproveitamento para transformação em produtos de alto valor agregado. Essa característica tem impulsionado indústrias e produtores a investirem cada vez mais na raça, com foco em atender a demanda crescente por lácteos premium.
Um marco para o futuro
Os recordes alcançados na Expointer 2025 são mais do que conquistas individuais: representam o fortalecimento da raça Jersey no Brasil e seu potencial para transformar a cadeia leiteira. A dedicação dos criadores, somada à genética diferenciada e ao manejo de excelência, confirma que o país está preparado para continuar avançando em produtividade e qualidade, mantendo-se competitivo no cenário internacional de lácteos.
A vaca Escondida Ian da Ventana e a jovem Angel Sinatra 304 agora entram para a história como símbolos da capacidade da Jersey de surpreender e superar limites, consolidando a raça como uma das protagonistas da pecuária leiteira nacional.
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