Vaca produtora de “leite em pó” é solução do pecuarista

Não é novidade que o pecuarista terá que se reinventar para poder continuar na pecuária leiteira, a falta de políticas públicas é alarmante

Infelizmente o produtor de leite, principalmente os médios e pequenos, tem passado inúmeros “arrochos” pra conseguir se manter na atividade. Já são dois meses que o preço pago ao produtor têm caído. Aliado a isso, temos os altos custos de produção que são reflexos das altas nos farelos. Se não bastasse tudo isso, temos agora que driblar o alto volume de leite importado do Uruguai.

O Brasil tem realizado políticas, ou falta delas, que são de desanimar o setor produtivo. Dentre elas está as importações predatórias de leite em pó. Segundo o Secex, que divulgou seu relatório dia 07/11, os dados da balança comercial láctea do Brasil é de uma alta movimentação nas importações.

As importações de Leite em pó equivaleram ao volume total importado de 155,6 milhões de litros, que foi 69% superior ao registrado em setembro, e 115% maior em relação a outubro de 2017.

as exportações recuaram 37%, de 14,7 milhões de litros em setembro para 9,3 milhões de outubro. Este movimento trouxe o déficit da balança comercial para o maior nível desde outubro de 2016, em -146 milhões de litros.

As importações de leite em pó não diminuíram, pelo contrário, elas tem crescido e os números são de assustar.

O produtor de leite está amargando a falta de apoio para sua produção, e aqui faço uma brincadeira com o título “vaca produtora de leite em pó é solução do pecuarista”, justamente para tentar abrir os olhos de toda a cadeia produtiva do leite, e isso inclui as associações, pois já é hora de barrar essas importações e fortalecer o nosso produto.

O produtor de leite é quem sofre no campo, já que ele é o elo mais fraco da cadeia produtiva. Infelizmente, ele sabe que o seu produto é perecível e que jamais irá conseguir realizar uma greve.

Veja o discurso do Dep. Celso Maldaner, na sessão do plenário:

Por isso companheiros, precisamos da união para conseguirmos mudanças verdadeiras para o setor que é um dos mais importantes para a economia do Brasil.

A cada onze minutos, um produtor de leite deixa atividade

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