Veja os ganhadores da Copa dos Campeões de Vaquejada da ABQM

Com recorde de inscrições, 6ª Copa dos Campeões de Vaquejada da ABQM foi a maior de todas as edições; bem-estar animal foi destaque também

A 6ª Copa dos Campeões de Vaquejada da Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM) foi a maior de todas as edições. As provas terminaram, na sexta-feira (17), com as disputas das categorias Amador e Amador Light, no Parque Rufina Borba, em Bezerros (PE). Importante ressaltar que todas as medidas de boas práticas foram adotadas no evento para garantir o Bem-Estar Animal durante competições.

O grande destaque da competição foi para uma dupla de vaqueiros pernambucanos que disputou o “Valeu Boi” na categoria Aberta-Livre. FITA SUS INT (NAPOLEAN SUS x ABSOLUT WILD QR) com o puxador Adjailson André de Paiva e VITORIA EASY (GUERREIRO MYKE x KRIS PEPBAR HPAM) com o esteira Geraldo José de Moraes Guerra Neto garantiram o primeiro lugar no pódio e levaram o prêmio de R$ 14 mil.

“A FITA é uma potra com apenas cinco anos de idade que se classificou no Potro do Futuro e já vem mostrando toda a sua força e versatilidade nas pistas. É uma felicidade muito grande escrever meu nome na história na Copa dos Campeões de Vaquejada, aqui na minha terra”, disse o competidor Adjailson André de Paiva. FITA SUS INT é de propriedade de Janio Lima e Silva e criação de Marcos Studart Gomes Lima. Já VITORIA EASY é de propriedade e criação de Valdemi Vieira da Silva Junior.

Na categoria Aberta Profissional-Light, os vencedores foram GREAT HANDDOME R2I (ETERNALLY HANDDOME x VIC SHADYVICTORY VIT) com o puxador Ricardo Freitas da Silva e BARBIE ZORRERO (ZORRO POCO HSF x XAIANE) com o esteira Erivan Vieira Santos. Os animais são de propriedade de Jose Sidnei Costa Araújo e criação de Geraldo Luiz Pereira de Souza e Fernando Dantas Ramos da Silva Ribeiro, respectivamente.

Já na categoria Amador-Livre, os vaqueiros sergipanos Hélio Dantas Neto (puxador) e Marcelo Souza Costa (esteira) foram os vencedores com HARMONIA ROJOSTRANCH (RIVER ROJO RC x POSITIVE PROPOSAL) e THIS GUY HAS TROUBLE (THIS GUY HAS CLASS x PRIME TROUBLE). Os animais são de propriedade de Henrique Brandão Menezes Júnior e criação de Francisco José Queiroga Pinto e Fazenda Caruana, respectivamente.

Os conjuntos BROWN STEEL (DIEGO STEEL HJG x EF BROWNITA BROWN) com o puxador João Edimilson de Macedo Filho e STEEL RYON DASH (DIEGO STEEL HJG x HENRYETTA SAND) com o esteira Carlos Daniel Diniz Monteiro foram os campeões na categoria Amador-Light. BROWN STEEL é de propriedade do próprio puxador e criador Cícero Andrade de Souza. Já STEEL RYON DASH é de propriedade e criação de Cícero Andrade de Souza.

Recorde de Inscrições

A 6ª Copa dos Campeões de Vaquejada da ABQM teve recorde de inscrições com uma premiação total de R$ 75 mil reais. A Vaquejada é uma das 22 modalidades esportivas do Quarto de Milha que mais cresceram nos últimos anos.

“Essa foi a maior Copa dos Campeões de Vaquejada de todas as seis edições das provas oficiais da ABQM. Foram mais de 140 senhas batidas, o que representa um crescimento de 84%, em relação a 2022. A cada ano, os vaqueiros têm melhorado a sua performance e desempenho e demonstrado maior qualidade técnica com disputas de alto nível”, destaca Henrique Campana, gerente de Esportes da Associação Quartista.

protetor de cauda para os boi que vao participar da vaquejada
Foto: Divulgação

Boas práticas adotadas na Vaquejada garantem o Bem-Estar Animal durante competições equestres

Para as provas oficiais e oficializadas da Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM), além da chancela da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), uma série de procedimentos obrigatórios para a garantia do Bem-Estar dos animais também são adotados.

“Todas as provas da Vaquejada Legal precisam cumprir vários protocolos, sendo o principal deles o uso do protetor de cauda que impede o animal de sofrer lesões durante as competições. O equipamento é feito com uma malha entrelaçada que é acoplada no rabo do boi. Quando o vaqueiro faz a tração para a derrubada, a força é distribuída por toda a cauda”, explica Barbosa.

Além do protetor, outras práticas também são obrigatórias como o uso de um “colchão de areia”, inspeção de equipamentos e avaliação física de todos os animais (tanto bovinos quanto equinos), antes e depois das provas. “A pista onde ocorrem as disputas têm uma camada de areia de pelo menos 40 cm para minimizar o impacto da queda. Temos também um rodízio de animais para garantir o descanso da boiada. Além disso, cada boi só participa, no máximo, de quatro disputas por dia e todas as competições são acompanhadas por um juiz de equipamento e/ou Bem-Estar Animal que é responsável por cumprir o regulamento e punir qualquer competidor que descumpra as regras”, reitera Barbosa.

Após a participação nas disputas (que duram menos de 2 minutos), os bois retornam para o curral de descanso. Todo o acompanhamento dos animais é feito pelo juiz de Bem-Estar. “Desde que o gado chega para a prova, já direcionamos o rebanho pro curral que conta com um espaço físico amplo e confortável para os bois se movimentarem e deitarem, além de água e alimentação disponível”, destaca o médico veterinário.

protetor de cauda para os boi que vao participar da vaquejada
Foto: Divulgação

Protetor de cauda – O vaqueiro e empresário piauiense, Moaci Ribeiro, foi o responsável pelo desenvolvimento do protótipo teste, junto com o irmão que é engenheiro civil. O equipamento já patenteado é certificado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a ABVAQ, sendo o único modelo com o uso autorizado na Vaquejada Legal.

“A malha expansiva tem um formato cônico que se adequa a todo o rabo do boi. A técnica desenvolvida permite que na hora da puxada, o protetor faça a divisão da força por igual em toda a extensão da cauda do animal. O equipamento fica preso na base do rabo por um fixador ortopédico (braçadeira), sem qualquer incômodo ou desconforto ao animal”, explica o vaqueiro e criador do protetor.

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