Vídeo: Com 600.000 búfalos, lá tem um que toma até sorvete

Possuindo o maior rebanho de búfalos no Brasil, o local possui grande destaque na criação, tanto que tem búfalo que já toma até sorvete, veja!

Na Ilha do Marajó, no Pará, os búfalos são uma atração especial, junto com as belezas naturais do local.  Nas fazendas, os turistas conseguem, inclusive, fazer passeio em cima dos animais. No arquipélago, são mais de 600 mil cabeças. O búfalo de 8 anos, que mora em Soure, no Marajó, adora sorvete de leite de búfala, doce de leite de búfala e queijo do Marajó. É isso mesmo!

Além disso, eles também ajudam a sustentar a economia da ilha, incluindo com o fornecimento de leite. Mas um búfalo em especial ganhou destaque após viralizar por um costume não muito comum: tomar sorvete. Trata-se do Alemão, de oito anos. 

Os búfalos são animais dóceis e do leite bubalino cria-se um dos queijos mais nobres do mundo: a mozzarella de búfala. O Brasil possui hoje o maior rebanho do Ocidente, mas pouca gente sabe disso. São 3 milhões de cabeças. Um número impressionante. Mas você sabe como este animal imponente, originário da Índia, chegou ao Brasil? Conheça a história destes animais no país e como se estabeleceram em nosso território entre o final do século IXX e decorrer do século XX.

A primeira introdução de búfalos no Brasil, realizada em 1890 pelo Dr. Vicente Chermont de Miranda, consistiu na compra de búfalos da raça Carabao para a Ilha de Marajó, pertencentes a fugitivos provenientes da Guyana Francesa, que naufragaram nas costas da Ilha. Em 1895, a Sra. Leopoldina Lobato de Miranda e seus filhos em Marajó, realizaram uma importação de búfalos italianos. Ambas introduções deram origem ao búfalo negro de Marajó.

Um vídeo que mostra o animal se deliciando com o sorvete ganhou as redes e foi compartilhado pelo governador Helder Barbalho. “Vocês já conhecem o Alemão? O búfalo de 8 anos, que mora em Soure, no Marajó, adora sorvete de leite de búfala, doce de leite de búfala e queijo do Marajó. É isso mesmo! O seu Joniel, dono do Alemão, disse que o animal adora sorvete”, disse.

Uma internauta completou comentando que o animal também adora carinho. “Ele adora sorvete e pessoas. Super manso. Ama que cocem na parte de baixo da orelha”, disse Bebel Lima. Vamos parar de enrolação e vamos logo ver esse vídeo que é muito inusitado!

Veja o vídeo do búfalo que toma até sorvete:

Outros internautas também comentaram na postagem. “Aaah pronto, agora eu quero um búfalo!”, “Muito fofo”, “O Alemão é bem esperto e sabe o que é bom”, entre outros.

A raça murrah é a que tem maior demanda atualmente no Brasil e é a que tem mais crescido nos últimos 30 anos. Atualmente a raça murrah supera a população de mediterrânea, sobretudo no que se refere a animais puros.

Como são animais de criação fácil, rústicos, mais resistentes a doenças, muitos criadores estão aderindo à criação bubalina e o rebanho aumenta ano a ano. Mas, curiosamente, embora sejam 3 milhões de cabeças espalhadas em território nacional, isso representa apenas 1,4% do rebanho bovino, que possui 212 milhões de cabeças.

As raças de búfalos no Brasil

CARABAO, o Búfalo do Pântano

Esta raça se adaptou ao Brasil, mas é a raça principal do Extremo Oriente, que engloba China, Indonésia, Filipinas, Vietnã, Camboja, Tailândia, etc. Sua aptidão é voltada para o trabalho agrícola, para a tração e para a carne. Na Ilha de Marajó, no Pará, aqui no Brasil é destinada a produção de carne. O mesmo ocorre em países como Cuba, Eua e Austrália.

Prefere áreas pantanosas em que usa os chifres para se cobrir de lama, ainda que essa preferência por áreas alagadas ou com rios, esteja presente em todas as raças. Chamar o Carabao de Búfalo do Pântano advém mais de uma necessidade de classificação zoológica. Seus chifres são largos e abertos, com corte transversal triangular e fazem um ângulo de 90 graus ao se afastarem da cabeça.

Possuem cor cinza-parda, com manchas brancas na pata e na dianteira, em forma de colar. Seu corpo é curto e o ventre largo. É um animal compacto e maciço, o que explica a aptidão desenvolvida para o corte. Não há diferenças significativas entre machos e fêmeas. Os machos atingem entre 600 a 700 kg e as fêmeas, 450 a 500 kg. O uso para o trabalho, na maioria dos lugares em que é criado, se inicia por volta dos 4 anos. A produção leiteira é baixa, mas com cruzamentos, as fêmeas podem produzir cerca de 1000 litros por lactação. Quanto ao seu uso para o trabalho, o tempo médio de trabalho diário é de cinco horas, mas o tempo anual varia muito, de 20 a 146 dias.

MURRAH

Originária também da Índia, seu nome no idioma Hindu significa “espiralado” e deriva da formação de seus chifres encaracolados, negros, desde a base até a ponta. A cor da pele e a cor dos pelos é negra ou negro-azeviche. Manchas brancas não são aceitas, a não ser no extremo da traseira. Isso é se deve ao fato de que na Índia, os animais totalmente negros são considerados os mais produtivos. São animais maciços, robustos e de conformação profunda.

Possuem extremidades curtas e ossos pesados. Possui cabeça e orelhas também curtas. As fêmeas têm tetas bem desenvolvidas, com veias bem marcadas e quartos bem enquadrados. É considerada excelente raça leiteira. É a raça mais numerosa no Brasil e um ótimo investimento para quem quer produzir mozzarellas. Além disso, é possui excelente aptidão para a carne. Os machos, vivos, pesam 600 a 800 kg e as fêmeas pesam de 500 a 600 kg. A produção leiteira é de aproximadamente 1650 litros em 305 dias em medições na Índia.

MEDITERRÂNEO

São búfalos de rios, descendentes de várias raças da Índia, definidos como a raça predominante na Europa e do Mediterrâneo. As cores comuns são negras, cinza escuro e marrom escuro. As manchas brancas não são desejáveis, são permitidas apenas no extremo da traseira. Nota-se animais com despigmentação parcial na íris dos olhos. Os chifres são medianos, voltados para trás, com as pontas voltadas para cima e para dentro, formando uma meia-lua.

A cara é larga e apresenta pelos largos e esparsos na borda inferior da mandíbula. O corpo é robusto em relação ao seu comprimento e as patas curtas e robustas. O peito é profundo e o abdome volumoso. A traseira é curta e em geral é um animal compacto, musculoso e profundo. São animais desenvolvidos para produção de leite. O peso do animal vivo é de 700 a 800 kg para os machos e 600 kg para fêmeas, cujas tetas são muito bem formadas. Assim como é excelente para leite, também tem boa aptidão para corte. É a segunda raça mais numerosa no Brasil.

JAFARABADI

O nome desta raça vem da cidade de Jafarabad a oeste da Índia. São animais de cor negra. Há manchas brancas que são aceitas. Possui frente proeminente, os chifres pesados e longos, que tendem a ir até abaixo da direção atrás dos olhos, terminando em formato espiralado até atrás. Não são aceitos os animais com chifres retos para baixo. De todas as raças, é a maior em tamanho. É um animal forte de enorme capacidade torácica, o que o faz muito apto para produzir leite.

Tem excelente conformação das tetas. Se destaca em nosso país porque produz muita carne quando encontra disponível uma boa alimentação com bom pasto. Se o Jafarabadi encontrar dificuldade de alimentação, tende a se recuperar com dificuldade. Os machos pesam entre 700 a 1500 kg e as fêmeas chegam de 650 a 900 kg. A produção leiteira é de aproximadamente 2.150 litros em 319 dias em medições na Índia.

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