Vídeo: Por que Bill Gates se tornou o Rei do Agro

De Rei da Tecnologia a um doso maiores donos de terras agropecuárias do mundo, veja porque Bill Gates se tornou o Rei do Agro; Vídeo traz detalhes sobre as novidades!

Para Bill Gates, enfrentar a crise climática significa investir em inovação — e rapidamente. Em seu novo livro, How to Avoid a Climate Disaster: The Solutions We Have and the Breakthroughs We Need, que será lançado no próximo dia 16, o fundador da Microsoft explora os problemas ambientais e como governos, empresas e instituições podem atuar para solucioná-los.

De acordo com a publicação americana The Land Report, a maior área para uso específico na produção rural no país está nas mãos do casal Bill e Melinda Gates, que detêm cerca de 242 mil acres, o equivalente a 97.933 mil hectares.

51 bilhões e zero. Estes, segundo Bill Gates, são dois números que precisamos ter em mente ao falar sobre mudanças climáticas. Na introdução de seu novo livroComo evitar um desastre climático, ele explica o porquê.

Nas quase 300 páginas seguintes, discorre sobre o como. Bill Gates é hoje uma das figuras mais ativas nas discussões sobre aquecimento global. E tem uma resposta para aqueles que ironizam sua posição. “Não posso negar que sou mais um ricaço cheio de opiniões. Mas acredito que minhas opiniões são bem embasadas.”

O livro foi lançado no Brasil nesta semana pela Companhia das Letras. A editora cedeu a introdução da obra com exclusividade a Época NEGÓCIOS. Clique aqui e leia o capítulo inicial de Como evitar um desastre climático – As soluções que temos e as inovações necessárias, escrito por Bill Gates.

Não é a primeira vez que Gates se debruça sobre a temática verde. Ele aparece na lista da publicação britânica The Economist entre os bilionários que investem no meio ambiente: além de fundar empresas de energia sustentável, ele também investe parte de sua fortuna em fundos e startups voltadas à redução de gases do efeito estufa, por exemplo.

Confira algumas das soluções propostas por Gates para o aquecimento global:

Foco na agricultura

Resolver a crise climática passa por endereçar problemas que nos assolam hoje, acredita o bilionário. A insegurança alimentar que o aumento de temperaturas pode trazer, por exemplo, já é enfrentada por muitas crianças ao redor do mundo e é possível começar a mudar esse cenário já. “Isso significa melhorar os sistemas de saúde primária, dobrar a prevenção da malária e continuar a fornecer vacinas para doenças como diarreia e pneumonia”, escreve Gates em trecho do livro.

Outra frente para combate da fome é ajudar fazendeiros a lidar com as mudanças climáticas e a adaptarem suas culturas a novas necessidades. Além de investimento em pesquisa agrícola, Bill Gates aponta o papel dos governos em estimular uma lavoura diversa e providenciar sistemas de apoio social a esses fazendeiros.

No campo, trabalhadoras rurais também devem receber atenção especial, segundo Gates. “Essas pessoas podem não ser capazes de garantir seus os direitos à terra, por exemplo, ou ter acesso igual à água, obter financiamento para comprar fertilizantes ou até mesmo ter acesso à previsão do tempo”, diz. “Portanto, precisamos fazer coisas como promover os direitos de propriedade das mulheres e direcionar aconselhamento técnico especificamente para elas”.

As chaves para a adaptação

Além do trabalho na agricultura, segundo Gates, há algumas prioridades para nos adaptarmos à urgência climática. Uma delas é a construção das cidades: apesar das costeiras serem as mais expostas às consequências do aquecimento global, todas devem passar por mudanças para o novo mundo, defende o bilionário.

“Os planejadores de cidades precisam dos dados mais recentes sobre riscos climáticos e projeções de modelos de computador que preveem o impacto das mudanças climáticas”, aponta. Esses dados não servem apenas para adaptar a infraestrutura já existente, mas também para criar novos espaços para as novas necessidades que devem surgir.

O reforço das defesas naturais, como florestas e recifes naturais, é outra necessidade reforçada por Gates. Ele ressalta que, além de serem reguladores do clima, esses ecossistemas têm se mostrado bons para os negócios. “As concessionárias de água nas maiores cidades do mundo poderiam economizar US$ 890 milhões por ano restaurando florestas e bacias hidrográficas”, diz.

A água, aliás, será outro ponto de atenção. Com poluição e desperdício, mega cidades já enfrentam escassez. “A tecnologia oferece alguma promessa aqui”, indica Gates, citando o processo de dessalinização da água do mar e a formação de H2O a partir do ar. No entanto, ele ressalta que essas ainda são saídas caras. “Até que uma ideia como essa se torne acessível, precisamos tomar medidas práticas – incentivos que reduzirão a demanda por água e esforços que aumentarão o fornecimento”.

Por fim, há necessidade de “liberar dinheiro novo”, diz o bilionário. Para ele, o dinheiro público pode atrair investidores privados para apoiar projetos de adaptação. “Isso começa com a descoberta de maneiras para que os atores públicos e privados levem em consideração os riscos das mudanças climáticas e precifiquem esses riscos de acordo”, diz. Com boas políticas, governos podem eliminar parte do risco, atraindo investimentos e evitando catástrofes como guerras civis e pobreza extrema.

Compre Rural com informações do Época Negócios, Segredo Mundial

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