Você sabe quais países importam carne da Argentina? Veja o ranking

Um dos principais exportadores de carne bovina da América do Sul, a Argentina vê a China liderar as compras – assim como o Brasil, mas Gana surpreende com alta de mais de 60% nas importações

A Argentina segue como um dos principais exportadores de carne bovina da América do Sul, consolidando presença em mercados estratégicos e diversificados. Mesmo diante de oscilações no cenário global, o país registrou aumento nas exportações em agosto de 2025, totalizando 86,6 mil toneladas certificadas, um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo mês de 2024. O grande destaque continua sendo a China, responsável por 58,1% dos embarques, o que reforça a dependência argentina do mercado asiático.

No entanto, Gana chamou atenção, com aumento expressivo de 63,3% nas importações, mostrando que novos destinos começam a ganhar relevância. As informações foram divulgadas pela Scot Consultoria e FarmNews.

Os números mostram a liderança da China, que importou 50,3 mil toneladas no mês, seguida por Israel (5,8 mil toneladas), Rússia (3,7 mil toneladas) e Estados Unidos (3,4 mil toneladas). Entre os seis maiores importadores, apenas Israel reduziu suas compras, com queda de 10,9% frente a 2024.

Gana foi o país com maior crescimento proporcional nas aquisições, saltando de 1,9 mil para 3,1 mil toneladas. A soma de todos os destinos totalizou 86,6 mil toneladas, com participação relevante também de outros países que, juntos, representam 23,5% das exportações argentinas.

Exportações de carne bovina da Argentina em agosto (2024 x 2025)

PaísAgo/24 (mil t)Ago/25 (mil t)Variação (%)Participação (%)
China47,750,3+5,5%58,1%
Israel6,55,8-10,9%6,7%
Rússia3,53,7+7,8%4,3%
EUA3,23,4+3,7%3,9%
Gana1,93,1+63,3%2,5%
Outros20,020,4+1,9%23,5%
Total82,886,6+4,7%100%

Apesar da boa performance em agosto, o acumulado de janeiro a agosto de 2025 aponta uma queda de 6,8% nas exportações argentinas, somando 576,2 mil toneladas contra 618,6 mil toneladas no mesmo período de 2024. A China, ainda dominante, reduziu suas compras em 13,8%, passando de 386,1 mil para 333 mil toneladas.

Hong Kong teve alta expressiva de 41,9%, chegando a 20,7 mil toneladas, assim como Israel e Estados Unidos, que registraram crescimentos de 8,9% e 3,2%, respectivamente. Esses dados indicam um movimento de diversificação geográfica das exportações argentinas, com maior participação de mercados alternativos e redução da dependência exclusiva da China.

Exportações acumuladas (jan. a ago. de 2025)

PaísJan–Ago/24 (mil t)Jan–Ago/25 (mil t)Variação (%)Participação (%)
China386,1333,0-13,8%57,8%
Israel32,635,5+8,9%6,2%
EUA25,326,2+3,2%4,5%
Rússia26,321,6-18,0%3,7%
Hong Kong14,620,7+41,9%3,6%
Outros133,7139,4+4,3%24,2%
Total618,6576,2-6,8%100%

Com o avanço das exportações e a consequente redução da oferta no mercado doméstico, a Argentina tem intensificado as importações de carne bovina brasileira, evidenciando um cenário de demanda aquecida e ajustes no equilíbrio interno entre consumo e exportação. Esse movimento reforça o papel estratégico do Brasil como fornecedor na região e mostra como a integração do mercado sul-americano de carnes está cada vez mais interligada.

A expectativa é de que, até o fim de 2025, a Argentina mantenha a trajetória de recuperação gradual nas exportações, equilibrando seus embarques entre mercados tradicionais, como a China, e novos compradores, como Gana e Hong Kong, em um contexto global competitivo e sensível a variações cambiais e sanitárias.

Fontes: Senasa / Elaboração: Farmnews – Divulgação Scot Consultoria

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