Você tem boi gordo? Arroba bateu RECORDE a R$ 278

O pecuarista que tem o boi gordo disponível, no pasto ou confinamento, está vendo o movimento de forte alta com São Paulo indo a R$ 278 a arroba!

O valor do boi gordo seguiu a trajetória de alta nesta terça-feira (27/10) em algumas das principais regiões pecuárias, reflexo da enorme escassez de oferta e a disputa acirrada das indústrias pela matéria-prima. Na praça paulista, segundo dados apurados pela Scot Consultoria, considerando a boiada jovem (até 30 meses de idade), cujo destino é o mercado chinês, as ofertas de compra chegam a R$ 273/@, valor bruto, à vista. Já o Cepea voltou a bater recorde, fechando acima de R$ 274,00/@!

O avanço na praça paulista, relata a Scot, deve-se às programações de abate extremamente curtas, que atendem em média 3,6 dias, associada à proximidade da virada de mês (pagamento de salários, quando há uma melhoria na demanda interna pela carne bovina).

Preço da arroba vai disparar meu amigo pecuarista, momento é de grande sustentação nos fatores altistas!

É isso mesmo pecuarista, prepare o coração que vem novo movimento de alta no mercado. Publicamos essa semana que, quem tiver boi gordo nesse momento é o verdadeiro Rei do Gado na pecuária.

Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 274,58/@, nesta terça-feira (27/10), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 257,33/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 268,26/@.

Na praça paulista, segundo os negócios informados no dia de ontem, os valores variam de R$ 270,00 a R$ 276,00/@. Tivemos negociações acima desse valor, mas para novilhas Angus, destinada ao mercado interno, com preço de R$ 278,00/@.

O Indicador do CEPEA, bateu recorde, fechando a um valor jamais visto na pecuária de corte, desde a sua criação! Os preços médios mensais do boi gordo seguem em alta e renovando as máximas reais da série histórica do Cepea. O indicador CEPEA/Esalq, média das praças de São Paulo, fechou a terça-feira em R$ 274,70/@, à vista.

Na avaliação da IHS Markit, a subida na cotação do boi está ligada à necessidade urgente das indústrias em garantir os compromissos com importadores. “Nos últimos dias, as escalas de abate foram encurtadas em muitas regiões do País, com relatos de plantas frigorificas que optaram por dar férias coletivas devido ao elevado grau de dificuldade na originação de boiada gorda”, informa a consultoria. Mesmo os frigoríficos que ainda se mantém atuantes no mercado, há relatos de indústrias intercalando os abates diários ou realocando a programação, acrescenta a IHS Markit.

“A oferta de animais terminados segue restrita, situação que não deve mudar no restante do ano, uma vez que a estiagem prolongada reduziu a qualidade das pastagens e atrasou a engorda dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no primeiro trimestre. Portanto, no período de maior demanda do ano haverá dependência da oferta de confinados”, destaca.

  • Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 274 a arroba, ante R$ 273 na segunda-feira, 26.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 266 a arroba, estáveis.
  • Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 264 a arroba, inalterados.
  • Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 260 a arroba.
  • Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 251 a arroba, inalterado.

Brasil pode bater novo recorde histórico na exportação de carne bovina

O Brasil está próximo de bater, neste outubro, um novo recorde histórico de exportação mensal de carne bovina in natura. “Se mantido o ritmo atual de 8,16 mil toneladas/dia, o desempenho total dos embarques brasileiros de carne bovina in natura deve chegar a 171,42 mil toneladas, quebrando o recorde histórico de 170,55 mil toneladas (registrado em outubro de 2019)”, prevê o economista Yago Travagini, consultor da Agrifatto.

Na última semana foram exportadas quase 40 mil toneladas de carne bovina natura, resultando em embarques totais de 130,60 mil toneladas. “Cabe a ressalva que o desempenho diário dos embarques já está 5% maior que o do recorde histórico”, observa Travagini.

Atacado

No mercado atacadista, o dia foi de forte alta nos preços. De acordo com Iglesias, a tendência é que o movimento de alta ganhe consistência no decorrer da primeira quinzena de novembro, período que conta com maior apelo ao consumo. As exportações seguem em bom ritmo, com a China ainda atuando de maneira enfática no mercado de proteína animal.

Com isso, o corte traseiro subiu de R$ 19,60 o quilo para R$ 20 o quilo. O corte dianteiro aumentou de R$ 14,40 o quilo para R$ 14,65 o quilo, e a ponta de agulha subiu 30 centavos, indo a R$ 14,65 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,24%, sendo negociado a R$ 5,6830 para venda e a R$ 5,6810 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6010 e a máxima de R$ 5,6840.

Compre Rural com informações da Agrobrazil, IHS Markit, Scot Consultoria, Agência Safras, Cepea e Portal DBO

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