A virada no ciclo, quando deve acontecer? Veja agora!

Segundo as informações divulgadas nesta semana, o Imea vê virada de ciclo pecuário e maior impacto nos preços a partir de 2022. Confira abaixo!

Após atingirem preços recordes em 2020, o mercado pecuário brasileiro se prepara para uma mudança de cenário em 2021, com possível início de virada de ciclo a partir de 2022, quando os efeitos da retenção de matrizes e a consequente maior oferta de animais deverá voltar a pressionar as cotações do boi gordo.

“Para 2022, vamos ter pelo menos o início da virada de ciclo, e uma virada baixista porque vamos ter maior oferta de bezerros e isso pode acabar inundando o mercado e pressionando as cotações”, destacou a analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Marianne Tufani, em evento sobre as perspectivas do mercado para o próximo ano.

Segundo Trufani, a oferta não tende a aumentar significativamente em 2021 porque os animais desse novo ciclo ainda não estão aptos para recria. Contudo, muitos produtores do Estado já mudaram o foco da sua atividade neste último ano para aproveitar os preços recordes do bezerro. “Já teríamos mais bezerros pela virada de ciclo e mais criadores no mercado. Então, é atenção para esse momento de 2022”, alerta a analista.

Em relação à virada deste ano, Trufani afirma que as últimas semanas já foram marcadas por uma mudança de cenário, com menor poder de compra dos frigoríficos do Estado diante da redução sazonal da demanda interna.

“Temos visto que a diferença de preço entre mercado externo e interno está diminuindo. Inclusive, em novembro, os preços do mercado interno superaram o do mercado externo”, destacou a analista ao explicar que os preços internos mais fortes apontam justamente para um enfraquecimento do poder de compra da indústria.

“É justamente o que temos sentido do mercado agora. Nas últimas semanas, vimos uma pressão na arroba muito pautada pela baixa demanda. Isso mostra esse comportamento do que está acontecendo agora”, explicou a analista do Imea.

Com o possível fim do auxílio emergencial a partir de janeiro de 2021, ela ressalta que há risco de piora nas margens dos frigoríficos, com mais pressão sobre o preço da arroba bovina.

“A gente sabe que [o auxílio emergencial] foi um grande fator contribuinte para as cotações da carne no mercado interno e isso pode trazer uma certa pressão e um menor poder de compra da indústria”, alerta Tufani.

Com informações do IMEA e Globo Rural


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