Fenômeno climático atinge o Sul do Brasil e influencia outras regiões, trazendo chuva com riscos de temporais, calor extremo e baixa umidade
Um ciclone extratropical está em formação próximo à costa do Rio Grande do Sul e deve marcar o início da semana com instabilidades severas em várias regiões do Brasil. O fenômeno provoca chuvas de até 60 mm, ventos que podem superar 70 km/h e risco de granizo em parte do Sul do país.
Além disso, o sistema influencia o tempo no Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As informações foram divulgadas pelo Climatempo, Inmet e pelo meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural.
Região Sul
No Sul, a situação é a mais crítica. O ciclone extratropical que se forma no litoral gaúcho traz temporais generalizados, ventania e risco de queda de granizo. Entre segunda (8) e terça-feira (9), o acumulado de chuva pode variar de 40 mm a 60 mm em todo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, alcançando também o oeste do Paraná. As rajadas de vento podem ultrapassar 70 km/h, com potencial para destelhamentos, queda de árvores e interrupções de energia elétrica.
Na quarta-feira (10), o tempo tende a se estabilizar na região, mas o frio e o mar agitado ainda exigem atenção, principalmente no litoral gaúcho.
Região Sudeste
O impacto do ciclone chega ao Sudeste a partir de terça-feira (9). São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais devem registrar rajadas de vento capazes de derrubar árvores e comprometer o fornecimento de energia. Pancadas de chuva também são esperadas no litoral paulista, no Espírito Santo e no leste mineiro, embora de menor intensidade, com acumulados de até 10 mm durante a semana.
Nas demais áreas, o tempo permanece firme, com predomínio de sol e calor intenso: os termômetros podem alcançar 37°C em regiões do interior. A umidade relativa do ar deve ficar abaixo de 30%, aumentando o risco de incêndios e complicações respiratórias.
Região Centro-Oeste
O Centro-Oeste terá uma semana marcada pelo calor extremo e baixa umidade, exceto em áreas pontuais. A chuva deve se concentrar no extremo sul de Mato Grosso do Sul e no noroeste de Mato Grosso, com acumulados entre 20 mm e 30 mm. No restante da região, o tempo será seco e abafado, com máximas que podem ultrapassar 41°C, especialmente em Goiás e no centro-norte do Mato Grosso do Sul.
Em Brasília, a umidade pode cair para níveis críticos, próximos de 12%, o que reforça os alertas para a saúde.
Região Nordeste
O litoral nordestino segue sob influência das ondas de leste e de uma frente fria estacionária. Estados como Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte podem registrar acumulados de 10 mm a 20 mm ao longo da semana, com risco de pancadas moderadas a fortes em Maceió e Recife.
No interior da região, entretanto, o destaque é o calor intenso e a baixa umidade, que pode variar entre 20% e 30%, com temperaturas chegando a 38°C. As chuvas mais consistentes só devem retornar nas últimas semanas de setembro.
Região Norte
Na Região Norte, a previsão aponta para chuvas irregulares, porém de intensidade moderada a forte em áreas do Amazonas, Roraima e oeste do Pará. O acumulado semanal deve variar entre 30 mm e 40 mm. Já no centro-sul do Pará e no Tocantins, o predomínio é de tempo seco e calor intenso, com máximas que superam os 40°C. Acre, Rondônia e Amapá devem permanecer com céu aberto e temperaturas elevadas.
Panorama da semana
O avanço do ciclone extratropical reforça a necessidade de atenção redobrada no Sul, onde o risco de temporais e ventos fortes é elevado. No Sudeste e Centro-Oeste, o alerta é para o calor extremo e a baixa umidade, fatores que impactam diretamente a saúde e aumentam o risco de queimadas. Já o Norte e Nordeste enfrentam a combinação de chuvas localizadas e calorão, mantendo o cenário de contrastes climáticos no Brasil.
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