Sinal Amarelo: Alta do boi chegou ao limite?

Alguns analistas já começam a indicar um sinal amarelo nas negociações do boi gordo. A alta do boi chegou ao limite? Confira na matéria abaixo com está o mercado!

No estado de São Paulo, os limites de preços da arroba devem permanecer no patamar dos R$ 230,00 e as atuais referências para o boi gordo remuneram os pecuaristas. No caso da carne no atacado, o preço do boi casado está ao redor de R$ 16,00/kg e que equivale a R$ 240,00/@.

De acordo com o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, o volume de animais negociados no mercado interno diminuiu nos últimos dias. “Essa é uma luz amarela que acende e que podemos estar cruzando a linha da oferta e demanda. Algumas indústrias que trabalham no mercado interno tiveram uma redução de 1/3 das negociações na última semana, isso significa que o mercado pode ter feito esse limite do consumo”, comenta.

Nos últimos quarenta dias, a arroba registrou uma valorização de R$ 80,00. “Isso foi uma alta significativa e falar que o mercado pode estar chegando a um limite da arroba para o estado de São Paulo não é algo ruim, mas devemos ficar atentos que o mercado pode ter batido em um limite de alta”, relata.

Com relação a exportações, existem boatos que a China quer renegociar compras. “Isso pode ser notícia até montada para impedir o avanço dessa alta. Isso por que, essa alta do mercado é ruim para todos. Eu acredito que isso venha acontecer, pois o mercado externo paga em dólar e é estável”, diz. 

Mercado futuro do boi interrompe alta

Nesta quarta-feira (27), os vencimentos futuros para o boi gordo finalizaram a sessão com quedas na Bolsa Brasileira (B3). O contrato Novembro/19 finalizou o dia com um recuo de 1,27% e cotado a R$ 230,00/@. O Dezembro/19 está precificado a R$ 226,00/@ e teve uma desvalorização de 0,88%, enquanto, o Janeiro/20 registrou uma perda de 2,49% e encerrou a R$ 215,00/@.

A Informa Economics FNP apontou que o mercado físico do boi gordo manteve a tônica dos dois primeiros dias da semana, com o volume de negociações envolvendo lotes de animais prontos para abate limitado, em linha com o quadro de escassez de oferta, dominante neste segundo semestre.

“Ainda se nota uma parcela significativa de indústrias pressionadas nas compras de gado, uma vez que ocorrem diversos casos de existência de plantas frigoríficas que estão operando com elevado grau de ociosidade, ao mesmo tempo que, as escalas de abate de muitas raramente se estendem para além de 3 a 4 dias úteis”, ressaltou a Informa em seu relatório diário.

A Radar Investimentos divulgou que a rodada de reajustes de preço da carne no atacado continuou nesta semana. “Nesta última terça-feira (26/11), a carcaça subiu para R$15,07/kg. Na esteira destes patamares, as proteínas alternativas como frango e suíno também tido valorizações”, comentou a consultoria.

Carne bovina: alta nos preços continua

No fechamento de novembro, o aumento nos preços da carne bovina desossada no mercado atacadista foi de 22,9%, na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria. 

Para uma comparação, no mesmo período do ano passado (novembro de 2018), o reajuste foi de 4,0%. 

Já nos últimos sete dias, a carne subiu 2,9%, na média de todos os cortes. Frente a alta de 11,5% da semana passada a variação atual parece irrisória. 

Mas, dentro da “normalidade” do mercado, este ajuste semanal de 2,9% é considerável, sendo a terceira maior variação do ano. 

Destaca-se que mercado da carne bovina, com osso e sem osso, se acomodou, de certa forma, sustentado por dois fatores principais. 

Por um lado, em São Paulo, houve uma leve melhora na disponibilidade de matéria-prima para as indústrias, o que justifica a estabilidade dos preços da arroba. Este cenário colaborou com a oferta de carne. 

Do lado da demanda, o aumento forte dos preços nos últimos dias afastou os consumidores das compras, desta forma os vendedores procuraram trazer mais equilíbrio para os preços. 

Contudo, para a próxima semana, o recebimento dos salários, ao aumentar o poder de compra da população, pode abrir espaço para novas altas para a carne. 

Com informações do Notícias Agrícolas.

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