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“Apagão” de boiada deixa preço da arroba elevado

Mercado segue com tendência de alta e preços bastante elevados, acima de R$ 233/@ em São Paulo e regiões do Norte e Nordeste. Confira o fechamento das cotações!

O mercado do boi gordo segue com preços firmes na maior parte do País, seguindo a tendência de alta dos últimos meses. Nesta terça-feira, os negócios caminharam em ritmo lento, diante da baixa oferta e, consequentemente,  enorme dificuldade das indústrias em comprar grandes lotes de boiadas.

Além disso, segundo a IHS Markit, o registro de chuvas em algumas praças pecuárias brasileiras tem dificultado o embarque de gado até os frigoríficos. Segundo a Scot Consultoria, para as boiadas que hoje atendem a esse mercado, bovinos jovens de até 30 meses, o ágio é de até R$5,00 sobre a cotação do boi comum.

No dia de hoje, foram registradas altas na arroba sobretudo em regiões pecuárias do Centro-Norte do País. Na Bahia e no Maranhão, a escassez de oferta de gado tem emplacado forte pressão altista nas cotações, que se destoam, à exceção de São Paulo, dos patamares praticados em outras praças do País, segundo apurou a IHS Markit.

Em Feira de Santana (BA), o macho terminado chegou a R$ 241/@ nesta terça-feira, enquanto a vaca gorda foi negociada a R$ 235/@. Na praça de Açailândia, o boi gordo saiu das fazendas a R$ 232/@, e a fêmea terminada atingiu R$ 212/@.

O Indicador Cepea/Esalq, apresentou ligeiro recuo nas cotações ontem, 25, com fechamento no valor de R$ 228,60 por arroba. Já a média para São Paulo, segundo aplicativo da Agrobrazil, foi de R$ 233,17 por arroba e preços variando de R$ 228 a R$ 236/@.

Não demorou muito e São Paulo já registra uma nova alta nos preços, com negócios se destoando da referência de R$ 235,00 para os animais com padrão exportação. Segundo informações obtidas no aplicativo da Agrobrazil, pecuarista informou negócios a R$ 240.

A máxima ocorreu em São José do Rio Preto/SP, com preço da arroba para animais Europa/China, sendo negociada a R$ 240 com pagamento à vista e abate para o dia 03 de Setembro.

“A oferta de animais terminados, prontos para o abate, permanece restrita. Enquanto isso, a elevação nos custos da nutrição animal é outro elemento sendo considerado neste momento, exigindo repasse por parte dos confinadores”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias.

Exportações 

No acumulado das três primeiras semanas agosto, as exportações de carne bovina in natura apresentaram volumes expressivos com potencial de novo recorde mensal. A China, principal parceiro comercial do Brasil, ainda segue como grande destaque, atuando de forma ativa nas compras de proteína animal, para preencher a lacuna de oferta provocada pela peste suína africana que reduziu o rebanho doméstico.

Nos primeiros quinze dias uteis deste mês, o Brasil embarcou, em média por dia, 8,2 mil toneladas de carne (122,9 mil toneladas no acumulado), com receita de US$ 32,9 milhões, avanço de 33,5% e 28,2%, respectivamente, na comparação com os dados computados em agosto de 2019. O resultado confirma as expectativas de manutenção do ritmo dos embarques, esperado para agosto e também ao longo de todo o segundo semestre.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina permaneceram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a intensificação da alta dos preços no decorrer da primeira quinzena de setembro, com a entrada dos salários acelerando a reposição entre atacado e varejo.

Com isso, a ponta de agulha permaneceu em R$ 13 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 13,60 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 15,60 o quilo.

Compre Rural com informações da Agrobrazil, IHS Markit, Agência Safras, Portal DBO e Scot Consultoria

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