Arroba abre a semana com alta de R$ 6,70/@; Pra cima!

Início de semana indicando alta para arroba do boi gordo em São Paulo, mas atenção as demais praças; Início de fevereiro, o fim das férias escolares e o recebimento dos salários movimentaram o mercado de carne bovina. 

O mercado físico do boi gordo registrou, mais um dia, de preços mais altos nas praças de produção e comercialização da Região Sudeste nesta segunda-feira, 06. Após registrar alguns aumentos no fechamento de sexta-feira (3/2), os preços do boi gordo abriram a semana com tendência de alta, mas o cenário não é igual em todas as principais praças pecuárias brasileiras. Produtor rural que possui animais que atendem o padrão exportação estão, mais uma vez, conseguindo melhores ofertas!

Se por um lado a indústria aprendeu a trabalhar com capacidades de abate reduzidas e a avaliar o mercado consumidor, muitos pecuaristas aproveitam as boas condições das pastagens para segurar a boiada nas fazendas, à espera de negócios mais atrativos. Confira abaixo como tem se comportado o mercado!

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, animais padrão China permanecem bastante demandados, com os frigoríficos atuantes nas praças do sudeste que operam no mercado externo, seguem com escalas de abate encurtadas.

No mercado de São Paulo, o boi-China (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) segue cotado em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo), porém, diz a Scot, já são realizadas negociações com preços acima deste valor de referência.

Outra instituição que aponta alta nos valores no início desta semana é o CEPEA. Segundo o Indicador do Boi Gordo, a média alcançou uma variação diária positiva de 2,34%, isso fez com que os preços médios negociados a R$ 286,40/@ na última sexta-feira, alcançou valor de R$ 293,10/@ nessa segunda-feira. Veja o gráfico abaixo!

Nas demais praças, segundo a Scot Consultoria, as escalas de abate estão confortáveis para grande parte das indústrias frigoríficas. O boi gordo está cotado em R$275,00/@, vaca gorda em R$259,00/@ e novilha gorda em R$265,00/@, preços brutos e a prazo.

Na região Centro-Norte, os preços das boiadas ensaiam uma discreta recuperação, com escalas de abate menos confortáveis na comparação com a semana anterior. “A demanda de carne bovina no início do mês será fator importante para a continuidade do movimento de alta das boiadas no no curto prazo”, diz o Iglesias.

Em Goiânia, no estado de Goiás, com incremento da oferta para o período, a cotação de boi gordo e vaca gorda recuou R$3,00/@. A referência para o boi e novilha gordos está em R$250,00/@ e para a vaca gorda em R$245,00/@, preços brutos e a prazo.

Pecuaristas versus Frigoríficos

Na avaliação da S&P Global, as boas condições das pastagens, em função do clima satisfatório na maior parte das regiões do País, condicionam um ritmo positivo quanto ao ganho de peso dos animais terminados, abrindo uma janela de manutenção da boiada nas propriedades e maior poder de barganha por parte dos produtores.

“Com isso, os pecuaristas seguem de olho nas condições de preços, aguardando as melhores ofertas de compras para retornar aos negócios”, ressaltam os analistas. Pelo lado da demanda, continua a a S&P Global, muitas indústrias preferem cadenciar o ritmo de compras de animais gordos, na tentativa de uma possível retomada de um movimento de baixa na arroba.

Porém, por enquanto, enfatiza a S&P Global, o viés é de alta, mas a liquidez ainda é um pouco baixa nos balcões de negócios. “Há relatos de indústrias que sustentam as suas compras apenas três dias da semana, se ausentando do mercado no início e no final da semana”, observam os analistas.

Giro do boi gordo pelo Brasil:

  • Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi subiu para R$ 290.
  • Em Minas Gerais, os preços fecharam em R$ 293.
  • Em Dourados (MS), a cotação se manteve R$ 254.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 247.
  • Em Goiânia (GO), a arroba está em R$ 265.

Boi: mercado atacadista

O mercado atacadista voltou a apresentar preços acomodados para a carne bovina. De acordo com Iglesias, a expectativa de curto prazo ainda é de alta, em linha com a entrada dos salários na economia motivando a reposição entre atacado e varejo.

“Como ponto de entrave pode ser mencionada a situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, que segue fragilizada.”, destaca o comentarista. Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,50 por quilo, alta de R$ 0,50.  Já a ponta de agulha ficou com preço de R$ 14,60, subindo R$ 0,30.

Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 19,90 por quilo, alta de R$ 0,10.

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