Arroba bate R$ 330, mas frigorífico pressiona baixa

Mesmo com sinais de melhora na oferta, pressão dos frigoríficos acaba não surtindo efeito e lote já é comercializado a R$ 330,00/@ na praça paulista!

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta quinta-feira, 15, os aumentos foram em negociações pontuais. O cenário de oferta para a matéria prima apesar da melhora, os preços do boi gordo não caem de forma consistente apesar da melhor fluidez dos negócios durante a semana. Negociações acima da referência acontecem de forma pontual, no valor de R$ 330,00 segundo o app da Agrobrazil.

A pressão de baixa de preços imposta pelos frigoríficos não surtiu efeito, e os valores de compras de animais terminados continuam firmes na maioria das praças pecuárias do País, estacionados em patamares recordes. Confira abaixo como está a cotação!

Segundo a Scot Consultoria, para as fêmeas, as cotações estão em R$291,00/@ e R$306,00/@ para a vaca e novilha gordas, respectivamente, nas mesmas condições. Bovinos que atendem ao mercado externo estão sendo negociados em até R$325,00/@, preço bruto e a prazo.

Segundo o Cepea, o Indicador do Boi, a cotação fechou o dia apregoado por R$ 319,40/@. Esse ainda é um dos maiores valores já registrados pelo indicador desde que começou a ser avaliado. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 21%. Em 12 meses, os preços alcançaram 60% de valorização.

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 319,96@, na quinta-feira (15/04), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 299,41/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 302,72/@.

Segundo as informações de ontem, uma nova máxima foi registrada no app na praça paulista. Pecuarista de Taciba/SP, informou negociação no valor de R$ 330,00/@ para um lote de novilhas, o pagamento com prazo de 30 dias e abate programado para o dia 16 de abril. Veja imagem abaixo!

Apesar disso, a indústria ainda encontra grandes dificuldades em preencher suas escalas de abate, que rodam em torno de 4,0 dias úteis na média nacional. Na B3, após dois dias seguidos de baixas, o maio/21 avançou 0,73% na comparação diária, ficando cotado a R$ 309,00/@. O junho/21 encerrou em R$ 307,45/@, valorização de 0,59% ante a véspera.

Além da piora da qualidade das pastagens, os elevados custos de nutrição, sobretudo com a disparada do preço do milho, também forçam os pecuaristas a vender mais rapidamente os lotes de gado gordo que eram, até então, mantidos estrategicamente nas fazendas.

Do ponto de vista da demanda doméstica de carne bovina o saldo foi bastante positivo ao longo da primeira quinzena do mês, com um movimento de alta consistente no atacado, com destaque para o corte dianteiro e para a ponta de agulha.

“Somado a isso, precisa ser citado o bom desempenho das exportações com o câmbio oferecendo elevada competitividade a carne bovina brasileira. A China segue como relevante diferencial, absorvendo bons volumes de carne brasileira”, assinalou Iglesias.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 318 – R$ 319 a arroba.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305 a arroba.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 306 – R$ 307.
  • Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 313 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, os preços se acomodaram em um período que conta com menor apelo ao consumo.

“De qualquer maneira a nova rodada do auxílio emergencial cumpre um papel relevante, fomentando o consumo de produtos básicos. A principal concorrente para a carne bovina ainda é a carne de frango, a mais acessível dentre as proteínas de origem animal, que conta com a predileção
do consumidor médio em um momento de dificuldades macroeconômicas”, assinala Iglesias.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,75 o quilo.

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