
Os valores negociados pelo boi gordo no país voltaram a apresentar recordes, principalmente para o animal padrão exportação. Confira!
O mercado físico de boi gordo voltou a apresentar preços mais altos nesta quinta-feira, 4. A menor oferta de animais para abate continua ditando o ritmo das negociações e, para os animais que cumprem requisitos para exportação, esses atingiram patamares recorde de preços. Confira o que esperar do mercado!
O mercado do boi gordo segue com preços firmes, com o registro de valorizações em algumas praças brasileiras, mas o quadro geral é de estabilidade. “Não há facilidade na compra de gado”, informa nesta quinta-feira (4/2) a Scot Consultoria.
Segundo a Scot Consultoria, no interior de São Paulo, a vaca gorda está sendo negociada em R$ 284/@, enquanto a novilha gorda é vendida a R$ 292/@, nas mesmas condições de pagamento.
Quando falamos em animais mais jovens, de até quatro dentes e direcionados ao mercado de exportação, são negociados por R$ 310/@, conforme apontou ontem as negociações informadas no app da Agrobrazil. Sendo o preço composto por uma base de R$ 300,00/@ mais bonificação de Boi China e Hilton de R$ 10,00/@.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 307,91/@, na quinta-feira (04/02), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 294,98/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 291,38/@.
O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (valor à vista, no Estado de São Paulo) atingiu a casa dos R$ 300 nesta semana, o que significou um novo recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em 1994 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI), informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.
Nessa quarta-feira, 3, o Indicador fechou a R$ 301,90, acumulando alta de 13% na parcial de 2021.
Segundo os analistas de mercado, daqui para frente, a expectativa é de uma oferta de boiadas crescente, como é comum ao longo da safra, mas sem grande pressão desse fundamento, uma vez que o cenário de retenção de fêmeas tende a continuar.
Alerta no mercado
Na avaliação da equipe de analistas da IHS Markit, já é possível verificar que a trajetória de valorização da arroba bovina vem perdendo força entre as principais praças pecuárias do Brasil. De maneira geral, ressalta a consultoria, as indústrias frigorificas seguem com escalas de abate apertadas, com impacto da dificuldade em se originar animais terminados em volumes mais expressivos.
“Porém, a inconsistência do consumo doméstico segue desgastando as margens operacionais das unidades de abate, o que neutraliza o apetite comprador e trava a procura por gado”, completa a consultoria.
“A disparidade em termos de receita para os frigoríficos habilitados a exportar e os não habilitados é gritante, avaliando a dificuldade do repasse do adicional de custo da matéria-prima no mercado doméstico”, assinala Iglesias.
Giro do boi gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304, ante R$ 301 na quarta.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294, ante R$ 291.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 291, ante R$ 289 .
- Em Uberaba, Minas Gerais, os preços chegaram a R$ 300, contra R$ 299 a arroba.
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Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade em repassar o custo adicional da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva.
“Basicamente, o consumidor médio não consegue absorver novos reajustes da carne bovina, que já assume um patamar bastante proibitivo, simplesmente optando por proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango. Se houver a confirmação de mais um semestre de auxílio emergencial haverá uma recuperação do consumo de base e talvez sejam evidenciadas as condições necessárias para novos reajustes da carne bovina”, disse o analista.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,60 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,60 o quilo.