
O início da entressafra é novamente pautado pelo quadro de restrição de oferta de animais para abate, o que acaba mantendo cotações em alta, veja!
O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta segunda-feira, 5, ainda são vistos negócios acima da referência. O cenário de início da entressafra trouxe, novamente, o quadro de restrição na oferta de animais para abate, o que acaba dificultando qualquer tentativa de redução nos valores da arroba.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate posicionadas entre três e cinco dias úteis, enquanto houve alguma tentativa de compra abaixo da referência média, mas sem aderência por parte do pecuarista.
A dificuldade no escoamento de carne bovina no mercado interno deixou as cotações do boi, da vaca e da novilha gordos estáveis frente a última sexta-feira (2/7). Aparentemente o pagamento dos salários não foi sentido. O boi, vaca e novilha gordos estão apregoados em R$317,00/@, R$294,00/@ e R$310,00, nesta ordem, preços brutos e a prazo.
Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 315,51/@, na segunda-feira (05/06), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 304,31/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 312,60/@.
O indicador do boi gordo do Cepea teve uma forte valorização de 1,97%, alcançando o patamar de R$ 318,00. Além disso, segundo a análise do Indicador, os preços tiveram uma valorização de R$ 87,64/@, o que representa uma alta acumulada de cerca de 46% no período de 12 meses.
Em Adamantina, praça paulista, o pecuarista informou negócios de R$ 318,00/@ com prazo de sete dias para pagamento e abate para o dia 19 de julho, ressaltando que são animais com destino ao mercado interno. Ainda no gráfico abaixo, é possível perceber que os preços seguem em patamares elevados e, as negociações acima da referência puxam a média para cima!


Na B3, o contrato com vencimento em outubro/21 fechou o dia em R$ 320,60/@, com valorização de 1,10% no comparativo semanal. No mercado atacadista, a carcaça casada bovina foi a que se mostrou com melhor liquidez de vendas, ainda sendo negociada próximo aos R$ 19,60/kg.
Exportações
No cenário da exportação, foram 42,73 mil toneladas de carne bovina enviadas aos portos nos últimos oito dias uteis do mês, encerrando-o com 140,31 mil toneladas, sendo esse total, 10,69% superior ao montante de maio/21. Apesar da evolução, no comparativo anual notou-se uma queda de 7,64% nos embarques para fora do país, destacando pelo segundo mês consecutivo, o ano mais fraco das exportações em comparação a 2020.
Ainda há incertezas em torno da situação chinesa. As notícias sobre um novo surto de peste suína africana seguem rotineiras, no entanto sem a confirmação da OIE e da FAO. “O fato é que os preços da suinocultura local permanecem em queda, com um evidente avanço da oferta doméstica”, assinalou o analista.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 320, na modalidade à prazo.
- Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313, inalterada.
- Em Cuiabá, o valor negociado foi de R$ 309, inalterado.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 a arroba.
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Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. “o ambiente de negócios ainda sugere por reajuste dos preços no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo. O consumidor médio ainda opta pela carne de frango como sua proteína de escolha, avaliando a atual situação macroeconômica”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,40 o quilo.