A semana começou com poucos negócios, típico de segunda-feira, com grande parte dos compradores fora das compras. O diferencial de base de outros estados em relação a São Paulo preocupa, já que esse valor chega a R$ 60,00/@.
O mercado físico de boi gordo seguiu com preços firmes nesta segunda-feira, 14, como de costume as indústrias seguem avaliando o consumo do fim de semana e montam suas estratégias de compras. Pecuaristas de outros estados, como Rondônia, estão preocupados com a manutenção do diferencial de base em relação as praças paulistas, já que o valor chega a um deságio de R$ 60,00/@.
O cenário, de forma geral, nas praças que atendem ao mercado externo, é de uma demanda muito aquecida para animais padrão China, consequência da ótima receita de exportação. Com esse fator, as indústrias tem dificuldades em tentar pressionar qualquer baixa nas ofertas de preços. Confira abaixo como o mercado se comportou no primeiro dia útil da semana.
O aumento no preço do combustível e os rumores de uma possível paralisação de motoristas de caminhão têm deixado o mercado apreensivo. Em diversas praças pecuárias relatam-se negociações do frete para evitar esse quadro.
Dessa forma, segundo a Scot Consultoria, a semana começou com poucos negócios, típico de segunda-feira, com grande parte dos compradores fora das compras. Os compradores ativos abriram o dia ofertando preços menores em relação aos vigentes na sexta-feira, entre R$325,00 e R$335,00/@, sem negócio fechado. A referência continua valendo.
O ágio para bovinos com destino à exportação chega a R$20,00/@. Os pecuaristas de Monte Azul Paulista, em São Paulo, venderam lotes no valor de R$ 350,00/@ com pagamento à prazo de 30 dias e abate programado para o dia 29 de março. Confira a imagem abaixo com os detalhes sobre a negociação.
Já o Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, teve uma nova desvalorização na abertura dessa semana, com poucos negócios sendo concretizados. Dessa maneira, o valor médio ficou em R$ 345,02/@, após uma queda de 0,56% na comparação diária. O preços ainda seguem acima de R$ 330,00/@ nos últimos 30 dias úteis.
Sendo assim, em São Paulo, conforme supracitado, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 347,93/@, na segunda-feira (14/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 316,18/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 310,99@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 325,34@.
A terceira semana de março iniciou com os preços andando de lado no mercado físico do boi gordo, com a forte demanda externa e a escassez de animais prontos para o abate, a média para a arroba se manteve em R$ 345,00/@, esperamos melhores ofertas nesta terça-feira com os frigoríficos abrindo compras.
Na B3, o futuro com vencimento para mar/22 manteve seu movimento de alta, com valorização de 0,20%, encerrando o pregão à R$ 346,85/@.
Exportações aquecidas
As exportações de carne bovina in natura continuaram aquecidas nesta primeira quinzena de mar/22. Durante este período foram embarcadas 52,63 mil toneladas da proteína bovina, resultando em uma média de 10,53 mil t/dia, 8,27% de alta ante a média do mês passado. Dentro dos oito dias úteis de mar/22 os embarques do produto totalizaram 84,22 mil toneladas, seguindo esse ritmo podemos encerrar o mês com mais de 200 mil toneladas exportadas.
“Os importadores chineses seguem pagando preços pela tonelada de carne em patamar mais alto se comparado aos demais compradores. Já o cenário para os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico ainda é desafiador, com grande dificuldade em repassar os custos de matéria-prima ao longo da cadeia produtiva, considerando a incapacidade do consumidor brasileiro encontra em absorver novos reajustes da carne de boi no varejo”, assinalou Iglesias, da Agência Safras.
Mais um mercado para exportação
O Canadá autorizou o início da importação de carne bovina e suína in natura do Brasil, segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que está no país. “Essa abertura de mercado faz com que a gente ultrapasse os 200 mercados por mim estipulados no Ministério da Agricultura e também é uma notícia muito boa para os frigoríficos brasileiros, que podem empregar e trazer renda para o interior do nosso País”, disse a ministra em nota.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro, disse que, levando em conta o market share do Brasil para esses dois produtos, é possível estimar exportações da ordem de US$ 150 milhões por ano.
Giro do Boi Gordo pelo Brasil
- Em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi no mercado permaneceu em R$ 352.
- Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 313 sem mudanças.
- Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 314 ante R$ 310 na sexta-feira.
- Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 330 por arroba.
- Em Goiânia, a indicação do mercado foi de R$ 330 para a arroba do boi gordo, estável.
- Raça Kangayan, um bovino primo do Nelore que parece um antílope
- Boi gordo valoriza na praça paulista e impressiona; veja cotações
- Exportações de arroz brasileiro sofrem queda em março, revela Abiarroz
- Chico Rodrigues destaca importância dos pequenos produtores
- Retenções vão afetar rentabilidade da safra argentina, diz entidade
Atacado
Os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado. Conforme Iglesias, o mercado do boi ainda sugere por menor espaço para reajustes no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena por mês Com isso, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 17,00 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 16 por quilo. Já o quarto traseiro permaneceu precificado a R$ 24,20 por quilo.
No comparativo feito semana a semana, a carcaça de bovinos castrados ficou cotada em R$21,02/kg, queda de 1,3% ou R$0,28/kg. Já a carcaça de bovinos inteiros registrou leve alta, de 0,1% ou R$0,02/kg, e está cotada em R$19,54/kg.
