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Arroba: frigoríficos estão pagando preços iguais?

Em São Paulo, mesmo com indústrias com escalas curtas, de dois a três dias, as ofertas de compra no mercado do boi têm sido abaixo da referência.

A demanda fraca (típica desta época do ano) e os estoques relativamente abastecidos permitem que os frigoríficos trabalhem com programações reduzidas. Esse cenário tem sido observado também na maioria das regiões pecuárias, principalmente no Centro-Oeste. 

Segundo a Radar Investimentos, “há dois pontos que chamam a atenção dos participantes. O primeiro é o alinhamento da indústria em fazer ofertas de balcão ao redor de R$190,00-R$192,00/@, à vista, em SP. O segundo é a média das programações de abate em 2,38x dias úteis, um dos menores níveis dos últimos meses.”

Volume pouco maior de animais e demanda fraca no mercado interno justificam pressão negativa na arroba do boi

Apesar da demanda externa estar aquecida neste início do ano, o mês de janeiro está sendo marcado por um volume maior de animais de pastos e com um consumo interno mais restrito. Além disso, o escoamento lento da carne no atacado tem deixado as indústrias cautelosas na compra de matéria-prima.

Segundo o Analista de mercado da Scot Consultoria, Felippe Reis, as escalas de abate estão curtas ao redor de 2 a 3 dias úteis, mas as indústrias não tem necessidade de alongar as programações. “A estratégia das indústrias é trabalhar com escalas mais moderadas e escoar a carne nos melhores preços possíveis”, afirma.

As capacidades de suporte das pastagens estão melhores e o volume de boiadas de pastos deve aumentar daqui pra frente para as próximas semanas, na qual isso deve manter os preços menores até final de janeiro. “No fechamento de hoje, os preços para o boi gordo em São Paulo estão ao redor de R$ 192,00/@, à vista e livre de impostos”, comenta.

No entanto, tem ofertas de compras em patamares maiores do que essa referência e algumas indústrias tentam comprar em valores menores.  “Tem indústrias que fazem tentativas de compras com preços de R$ 2,00 a R$ 3,00 abaixo da referência e a pressão baixista continua”, relata.

Preços do boi gordo seguem caindo no Brasil

O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com pressão de queda. Os frigoríficos ainda utilizam o argumento da lenta reposição entre atacado e varejo para justificar esse movimento. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate estão mais confortáveis, situação que sugere a continuidade do movimento de baixa no curto prazo. “Mesmo os frigoríficos de menor porte desfrutam de uma posição de maior conforto”, observou. 

Em São Paulo, Capital, preços a R$ 193 a arroba para pagamento à vista, ante R$ 194 a arroba na quarta-feira. Em Minas Gerais, preços de R$ 188 a arroba, em Uberaba, contra R$ 189. Em Mato Grosso do Sul, preços caíram de R$ 185 para R$ 183 a arroba, em Dourados. Em Goiás, o preço indicado seguiu em R$ 185 a arroba em Goiânia. Já no Mato Grosso o preço ficou em R$ 177 a arroba em Cuiabá, inalterado.

Atacado

O mercado atacadista tem acomodação em seus preços. “A tendência de curto prazo ainda remete à continuidade do movimento de correção dos preços, natural em um momento de arrefecimento do consumo. O brasileiro médio está descapitalizado neste momento, avaliando uma série de despesas corriqueiras nesse período do ano”, comentou o analista.

Corte traseiro ainda é cotado a R$ 15,15. Corte dianteiro ainda é precificado a R$ 10,75, por quilo. Ponta de agulha permanece cotada a R$ 10,20, por quilo.

Com informações da Scot Consultoria e da Radar Investimentos.

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