
Mercado viu os preços chegarem a R$ 300 e “rapidinho” a JBS e Minerva se colocaram fora das compras testando freio no boi; Marfrig operou pouco. E agora?
Os três grupos frigoríficos dominantes estão tentando um movimento de força contra a escalada do boi gordo. A nova onda de valorizações nos preços do boi gordo parece ter assustado as indústrias frigoríficas. Nos últimos dois dias desta semana, os compradores praticamente saíram dos balcões dos negócios, sugerindo que as margens das indústrias já tenham chegado ao seu limite.
Começaram há uns dois a comprar menos, mas com efeito reduzido no preço do animal que alcançou os R$ 300, e nesta quinta (12) teriam parado as aquisições praticamente em conjunto.
Vão tentar trabalhar com o boi de contrato (a termo) que está saindo do confinamento e com os animais próprios, acredita Juca Alves, produtor de Barretos.
Sobre o JBS (JBSS3) e o Minerva (BEEF3) as informações são mais seguras de que vão levar essa pressão sobre os produtores até pelo menos o início da semana, forçando o produtor a ficar com a oferta na mão.
O Marfrig (MRFG3) ainda teria comprado alguma coisa hoje, segundo viu Caio Godoy, consultor de gerenciamento de risco da StoneX. Mas pode sair fora amanhã.
“Eles (os frigoríficos) conversam entre eles e combinam a parada das compras”, diz Alves.
Com o boi mostrando muita restrição de oferta, cedo para se saber se haverá reflexo generalizado e sólido na praça.
Ao menos a referência de balcão da Agrifatto caiu marginalmente em São Paulo, 0,35%, com a @ a R$ 286, e a da Scot ficou estacionada, desde ontem, em R$ 285.
Resta esperar o indicador do boi gordo Cepea, que está há dias cerca de R$ 5 acima do preço levantado pelas consultorias, para ver se a instituição captou movimento significativo pelos frigoríficos menores.
- Cavalo de R$ 12 milhões morre com suspeita de intoxicação por ração e expõe crise sem precedentes na equinocultura
- PBR Team Series: Brasileiros são maioria na nova temporada da liga PBR
- ABIPESCA emite nota sobre impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao pescado brasileiro
- DATAGRO: Trump anuncia tarifa de 50% sobre todas as exportações do Brasil aos EUA
- BC só publicará nova carta em abril, caso IPCA continue acima do teto
Mas o pecuarista do Norte paulista não vê esse jogo muito favorável aos grandes por muito tempo. Os bois já negociados antes e os próprios não duram muito e as empresas vão precisar comprar, podendo encontrar um produtor mais duro ainda.
O Marfrig (MRFG3) ainda teria comprado alguma coisa hoje, segundo viu Caio Godoy, consultor de gerenciamento de risco da StoneX. Mas pode sair fora amanhã.
Mesmo porque, segundo ele, boi de pasto vai demorar muito para aparecer, “lá para março”, e os compradores não poderão jogar com a especulação das chuvas que deverão aumentar.
Compre Rural com informações do Money Times