Arroba vai a R$ 330 com nova disparada de preços

Os preços da arroba subiram até R$ 12,00/@ a depender da praça, na última semana e, agora, os pecuaristas já miram os R$ 330,00 com lacuna na oferta!

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 28, apontando para maior consistência no movimento de alta nas praças pecuárias. Os preços vão continuar em um de alta movimento ao longo da primeira quinzena de junho, consequência do avanço da demanda em torno da entrada dos salários na economia e aumento das exportações!

A lacuna na oferta de animais prontos para abate em todo o país, é o principal fator que vai ditando o rumo dos preços. Os pecuaristas já miram os R$ 330,00/@, principalmente para os animais com destino a exportação. Já no mercado futuro, os valores continuam a quebrar recordes de preços para outubro e novembro.

Segundo os dados divulgados pela Scot Consultoria, na comparação diária, o cenário foi de estabilidade e o boi, a vaca e a novilha gordos estão sendo negociados em R$310,00/@, R$287,00/@ e R$301,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.

A referência para bovinos que atendem às exportações também segue em disparada, negociada em R$320,00/@, com negócios pontuais acima dessa referência podendo ocorrer. Preços vão subir ainda mais!

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 319,48@, na sexta-feira (28/05), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 289,71/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 299,16/@.

Os preços nas praças paulistas seguem acima de R$ 315,00/@ com a máxima batendo em R$ 320,00/@, apontou o app para o mercado físico. Já o Boi a Termo, segundo as negociações confirmadas, os preços são de R$ 351,00/@ para entrega em outubro.

Já o Indicador do Cepea, voltou a registrar uma forte valorização de 2,51% e os preços saltaram de R$ 309,00/@ para o patamar de R$ 317,10/@. O mercado começa a sentir a falta de animais, conforme citado anteriormente, o que pressiona as cotações e retira a situação “confortável” da indústria neste momento.

Escalas de abate apertadas

As programações de abate encerraram a semana com uma leve retração, com a média brasileira próxima aos 6 dias úteis. Com o período de descarte de animais se finalizando, a dificuldade em formar escalas maiores vai ficando cada vez maior para os frigoríficos e diante disso programações das unidades frigoríficas voltam a se estabelecer próxima a média.

  • Em São Paulo, os frigoríficos fecharam a semana com 7 dias úteis de escala já cobertas, uma queda 2 dias ante a última semana.
  • No Mato Grosso do Sul, as indústrias encerraram também com redução, chegando aos 5,0 dias úteis de escala completas;
  • Mato Grosso também fechou a semana em queda na programação de abates dos frigoríficos, a média do estado está na casa dos 6 dias.
  • No Estado de Goiás, os frigoríficos registraram um aumento nas escalas de abate após três semanas de queda consecutiva;
  • Tocantins registrou uma queda em 2 dias úteis nas programações dos frigoríficos do Estado, fechando a semana com 5 dias de escalas marcadas.
  • Minas Gerais saiu da situação de normalidade que vinha tendo nas últimas semanas e os frigoríficos começam a encontrar dificuldades para preencher as linhas de abate, fechando a semana com 5 dias programados.

Motivos para a disparada da arroba

Tudo indica que a tendência altista da arroba tende a continuar nos próximos dias, teoricamente um período de maior demanda interna pela carne bovina, por causa da entrada dos salários nas contas dos trabalhadores.

Reuniões familiares e entre amigos durante o feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (3 de junho), também podem ocasionar uma melhoria no consumo da proteína, dizem os analistas.

Com escalas de abate um pouco mais apertadas, os frigoríficos devem intensificar a busca por boiadas gordas na próxima semana, sobretudo as indústrias habilitadas para exportação de carne bovina.

Exportações aquecidas

No mercado de exportações, as notícias seguem favoráveis aos vendedores brasileiros. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu Estados, cidades e municípios brasileiros como zonas livres de febre aftosa sem vacinação contra a febre aftosa.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado no acumulado das três primeiras semanas de maio (15 dias úteis) alcançou 88,7 mil de toneladas, com média diária de 5,9 mil toneladas/dia, retração de 23,61% em relação à média de maio/20 e 7,17% inferior a segunda semana deste mês.

Qualidade de carne bovina

“Acredito que dentre os principais avanços nos últimos anos, está a redução da idade de abate dos animais, o que favorece a melhor qualidade de carne, embora outros aspectos como acabamento e condição sexual devam ser considerados”, disse a Dra. Angélica Simone Cravo Pereira.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317, ante R$ 315 na quinta, na  modalidade à prazo.
  • Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, estável.
  • Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 302, contra R$ 301.
  • Em Cuiabá, preços em R$ 304, contra R$ 303.
  • Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 305 a arroba, estáveis.

Preços podem atingir R$ 330,00?

O mercado aponta para grande retenção de fêmeas e uma tendência de alta nos preços, o que já vem ganhando consistência a quase uma semana, conforme o gráfico abaixo.

Na última semana, os preços médios para a praça paulista, os valores tiveram uma alta de R$ 11,00/@ em apenas cinco dias úteis.

Já nesta semana, com a entrada do salário – melhorando o poder de compra da população – e a melhora nas exportações podemos observar uma continuidade da disparada de preços da arroba, elevando os preços para R$ 330,00 – ou até superior em um cenário otimista – nas praças paulistas!

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