Arroba valendo R$ 200 no primeiro dia útil, vai subir?

Os frigoríficos podem aparecer com mais força nos próximos dias, buscando recompor estoques após o grande consumo de carne bovina registrado na semana da virada.

O mercado físico do boi gordo teve preços de estáveis e poucos negócios nesta quinta-feira, ainda em ritmo de feriado. “O volume de oferta de animais terminados continua discreto, com boa parcela dos pecuaristas ausentes e devendo retornar as atividades lenta e gradualmente a partir da próxima semana. Com isso, o que se espera para os primeiros dias do ano é de uma oferta ainda curta”, comenta o analista de Safras & Mercado, Allan Maia.  

Segundo ele, os frigoríficos demonstram pouco ímpeto nas compras, pois suas escalas de abate no período de final de ano estiveram com folga.

“Os frigoríficos podem aparecer com mais força nos próximos dias, buscando recompor estoques após o grande consumo de carne bovina registrado na semana da virada”, disse.

Em São Paulo, Capital, preços a R$ 200 a arroba no mercado à vista. Em Minas Gerais, preços de R$ 190 a arroba, em Uberaba. Em Mato Grosso do Sul, preços em R$ 186 a arroba, em Dourados. Em Goiás, o preço permaneceu em R$ 185 a arroba em Goiânia. Já no Mato Grosso o preço ficou em R$ 181 a arroba em Cuiabá, também sem alterações.

O que diz a Scot Consultoria

A cotação do boi gordo abriu o ano estável na praça pecuária paulista. Poucos compradores e vendedores ativos e, consequentemente, pouco volume de negócios. 

Nas praças pecuárias onde os compradores estiveram ativos, houve ofertas de compra acima da referência. Esta é a situação do Rio Grande de Sul, Dourados-MS e Três lagoas-MS, sudeste e sudoeste de Mato Grosso e no Rio de Janeiro. Considerando a média para estas regiões, a cotação do boi subiu 0,9% na comparação feita dia a dia. 

O mercado deverá voltar com firmeza somente no dia 6, próxima segunda-feira. Até lá a projeção é de mercado calmo, preço firme e poucos negócios.  

Atacado

No atacado, os preços da carne bovina também não se mexeram. “Mesmo após os expressivos níveis de consumo do Ano-Novo, não há escopo neste momento para valorização nos preços”, disse Maia.

O primeiro bimestre do ano é um período difícil para as famílias, com despesas extras relacionadas à impostos, viagens de férias e ainda há os gastos com as matrículas escolares. Com isso, o consumo de carne bovina fica mais concentrado nos cortes menos nobres, como o dianteiro e a ponta de agulha.

O corte traseiro teve preço de R$ 15,80 por quilo. A ponta de agulha seguiu em R$ 11,10 por quilo, mesmo preço do corte dianteiro.

Compre Rural com informações da Scot Consultoria e Agência Safras.

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