As exportações de carne bovina estão mesmo caindo?

A média diária atual poderá sofrer alguma diluição no decorrer do mês. Ainda assim prevalece a tendência de aumento dos embarques, confira!

Em comparação ao mês anterior, março de 2020 está sendo aberto com exportações de carnes que – pela receita cambial – registram queda de 1,6% no valor médio diário. Ainda, porém, que essa defasagem possa aumentar, apresenta por ora importância mínima. Porque, em essência, o mês tem três dias úteis a mais que fevereiro passado.

Ou quatro dias úteis a mais, se a base de comparação for março de 2019 (mês do Carnaval no ano passado). Assim, se pela média diária o resultado atual é 10,5% superior, esse índice tende ser significativamente maior quando a análise envolver o mês cheio, não a média diária.

Essa possibilidade, aliás, fica clara quando se projeta – a partir dos primeiros embarques do mês – os possíveis volumes mensais das carnes bovina, suína e de frango.

A carne suína pode superar as 77 mil toneladas, registrando incrementos de 33% e 63% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês de 2019.

A carne bovina sinaliza embarques não inferiores a 125 mil toneladas, volume que, se atingido, corresponderá a aumentos de 13% sobre fevereiro passado e de 5,5% sobre março do ano passado.

Por fim, projeta-se para a carne de frango volume próximo das 385 mil toneladas. Que, uma vez consolidada, significará expansão de 18% e 21% sobre, respectivamente, fevereiro último e mar-ço de 2019.

Eventualmente, a média diária atual poderá sofrer alguma diluição no decorrer do mês. Ainda assim prevalece a tendência de aumento dos embarques das três carnes.

Carne subiu no atacado

Com o maior poder de compra da população na primeira quinzena, devido ao recebimento de salários, o início do mês trouxe expectativas de maior demanda por carnes e firmeza nas cotações.

Na média dos 22 cortes bovinos pesquisados pela Scot Consultoria, na primeira semana de março o preço ficou praticamente estável (alta de 0,02%). Na comparação mensal, a valorização foi de 2,1%.

Destaque para os cortes bovinos do dianteiro, que tiveram alta de 3,1% na comparação mensal, o que indica maior escoamento de cortes com menor valor agregado.

Com informações do Avisite e Scot Consultoria

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