Irregularidade das chuvas penaliza semeadura no Brasil, dificultando avanços, e com isso, preços da oleaginosa são pressionados em Chicago.
Com a relativa estabilidade do dólar na casa dos R$ 5,60 e uma oferta escassa de soja, os preços da oleaginosa no Brasil continuam a rondar a casa dos R$ 160,00/sc. Os valores são sobretudo nominais, já que não há grandes volumes de soja no mercado físico brasileiro.
A situação do plantio no Brasil continua a afetar os preços da soja em Chicago. O vencimento para novembro/20 subiu 0,75% nesta quarta-feira, fechando o dia nos US$ 10,72/bu, o maior valor dos últimos 28 meses. Uma possível quebra de safra ou atraso na colheita poderia atrapalhar o planejamento chinês de compras, fazendo os chineses se voltarem a oleaginosa norte-americana ainda em fevereiro/21.
Boi gordo
A demanda por animais terminados continua pressionando as cotações da arroba no mercado físico de boi gordo, o que tem ocasionado em constantes reajustes positivos nos preços praticados. Em menos de um mês, o patamar de preços da arroba já se alterou duas vezes, com os R$ 270,00 ganhando força e consolidando-se nas praças paulistas.
No pregão da B3 de ontem, quarta-feira, o dia foi animador e mais uma máxima foi quebrada. O contrato futuro de dezembro/20 ultrapassou a faixa dos R$ 290,00/@, e encerrou cotado a R$ 290,45/@, um ganho diário de 2,00%. Já o outubro, contrato vigente, fechou o dia em R$ 271,75, alta de 0,85% ante a véspera.
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Milho
Seguimos com valorização no mercado físico do milho brasileiro. Em São Paulo, as cotações do cereal romperam os R$ 75,00/sc, valorizando mais de 3% no comparativo diário. A pressão sobre o mercado físico que antes advinha da relação com o dólar e de uma demanda fortalecida, agora se conecta com a expectativa de uma safra menor no próximo ano. E hoje, a B3 apontou com força essa expectativa, os vencimentos futuros deram “limite de alta”, fechando o dia com valorizações de 5%, e o vencimento novembro/20 a R$ 83,92/sc.
Em Chicago, o vencimento para dezembro/20 fechou o dia com alta de 1,22% no comparativo diário, cotado a US$ 4,14/bu. A pressão sobre o cereal norte-americano nesta quarta-feira adveio de notícias relacionadas a um possível corte na produtividade do milho que está sendo colhido agora nos EUA. A possível redução na oferta já movimenta o mercado norte-americano.
Fonte: Agrifatto