Audiência por herança da família Maggi termina sem acordo

Carina move uma ação contra a empresária Lúcia Maggi, viúva de André, o ex-presidente da Amaggi Pedro Jacyr Bongiolo e todas as empresas ligadas a família.

Terminou sem acordo a audiência de conciliação entre a família Maggi e Carina Maggi Martins, filha fruto de uma relação extraconjugal do patriarca André Antônio Maggi, fundador da gigante do agro Amaggi, morto em 2001. 

A audiência aconteceu na tarde de quarta-feira (4) na 11ª Vara Cível de Cuiabá, no Fórum da Capital. 

Carina move uma ação contra a empresária Lúcia Maggi, viúva de André, o ex-presidente da Amaggi Pedro Jacyr Bongiolo e todas as empresas ligadas a família, na qual contesta o valor recebido de herança do pai, em 2007, no total de R$ 1,9 milhão.

“Hoje a Carina não está, fracamente falando, desesperada para acordo nenhum”.

De acordo com o advogado Felipe Iglesias, que faz a defesa de Carina, nenhuma proposta foi posta à mesa de conciliação, o que também não é o desejo da sua cliente

“Talvez o mercado mato-grossense esteja querendo entender que a Carina quer acordo. Hoje a Carina não está, fracamente falando, desesperada para acordo nenhum. O que ela quer é ingressar na companhia como sócia diante de uma condição absolutamente igualitária aos seus irmãos, inclusive o Blairo Maggi”, disse ao MidiaNews.

Conforme o advogado, Carina também busca ser indenizada pelos últimos 23 anos que ficou sem receber nada das empresas.

Iglesias explicou que a partir de agora o processo abre prazo de 15 dias úteis para contestação da família Maggi. E depois é aberto um novo prazo para Carina apresentar uma réplica.

Em seguida, o processo segue para fase de produção provas, em que serão realizadas perícias sobre as assinaturas de André Maggi.

Na ação, Carina aponta fraude na assinatura do pai que, às vésperas de seu falecimento, no ano de 2001, doou R$ 53.203.249,00 das cotas sociais das empresas em favor da esposa. 

Conforme a ação, à época da alteração contratual e doação das cotas, André Maggi estava com a doença de Parkinson. 

A defesa de Carina estima que o patrimônio correto da família Maggi, para divisão entre viúva e herdeiros, na proporção legal de 50% para cada, deveria ter sido da ordem de R$ 2 bilhões. O cálculo toma por base o capital social das empresas, em 2001. Nesta estimativa, Carina deveria ter direito a R$ 83 milhões, uma sexta parte da metade do patrimônio do pai. 

Fonte: Midia News

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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