Bezerro vai a R$ 365/@ e alta no preço não tem limite!

Os preços da reposição ganharam ainda mais força no mês de setembro, segundo levantamento, alta chega a 94% nos últimos doze meses, e agora?

Os preços da reposição, gado magro e bezerros, estão nas alturas. Entretanto, mesmo com a alta dos preços e a maior demanda pelos animais, os pecuaristas da recria/engorda, encontram uma certa dificuldade na oferta desses animais. O ciclo pecuário parece ter trazido um movimento de alta em todas as categorias, do bezerro ao boi gordo!

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na média de todos os estados monitorados, entre machos e fêmeas anelorados, os preços dos animais para reposição subiram 1,1% nesta semana. Em um ano a valorização é de 84,6%.

Neste intervalo, considerando a média de todas as categorias de fêmeas, a alta foi de 89,2% frente a 72,1% da média das categorias dos machos anelorados.

A forte retenção de fêmeas para produção de bezerros explica esse quadro. Em outras palavras, o ciclo pecuário está pressionado, ou seja, o crescente volume de fêmeas abatidas nos últimos anos trouxe uma menor disponibilidade de animais na cria, e os atuais preços são mais atrativos para retenção das matrizes.

No acumulado dos últimos doze meses, o destaque ficou para a bezerra de desmama anelorada, com alta de 94,1% na média de todos os estados monitorados pela Scot Consultoria.

Conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil, pelos próprios pecuaristas, mostram um movimento de alta nas cotações da reposição desde janeiro de 2020. Segundo os dados copilados das médias mensais, os preços do bezerro tiveram um salto de R$ 709,50/cab.

Quando paramos para avaliar de forma mais detalhada, o preço do bezerro, o valor em arroba chegou a R$ 369 por cabeça, tendo em vista que animais de 6,5@ estão sendo negociados a R$ 2.400,00.

A cria é a parte mais importante de todo o processo: o começo da vida do animal e, se nesse momento, o preço está subindo o futuro também é de alta!

Mercado nos leilões disparou

A Associação Agropecuária e o Sindicato Rural de Curitibanos promoveram nos dias 27 e 28 de setembro a “68ª Feira de Gado Geral”. As negociações da rodada dupla envolveram 715 bovinos de corte, resultando em receita total de R$ 1,7 milhão com média geral de R$ 2.494 (R$ 8,67 kg/vivo).

Perspectiva é de alta no mercado

No curto e médio prazos, a oferta restrita de animais, associada à demanda aquecida, continuará ditando o rumo das cotações. Os preços seguem sustentados pela menor oferta de animais no mercado que, aliados a maior procura, funcionam como um combustível para os atuais preços.

O mercado do boi gordo segue, também, no cenário de valorização no preço da arroba, o que contribui com o otimismo e pressão no mercado da reposição.

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