
Criado na Fazenda Boa Esperança, em Cachoeira do Sul, Hudson impressionou novamente com seus 1.450 quilos, superando a marca de 1.410 quilos que o coroou como o animal mais pesado da Expointer em 2023.
Conhece um touro de quase uma tonelada e meia? O touro Hudson da Boa Esperança, da raça Limousin, se consagrou mais uma vez como o animal mais pesado da Expointer, consolidando seu título de bicampeão. Criado na Fazenda Boa Esperança, em Cachoeira do Sul, Hudson impressionou novamente com seus 1.450 quilos, superando a marca de 1.410 quilos de 2023. Com isso, o coroou como bicampeão como animal mais pesado da Expointer.
Hudson é um bovino de corte da raça Limousin, cor vermelha. É filho do touro francês chamado Duvalier com uma vaca que já foi grande campeã Limousin da Expointer, a 3M Xuza. Com apenas cinco anos, em 2023, pesava 1.410 quilos. Foi o touro mais pesado da Expointer. Marca que foi superada este ano. “Penso que ele deve chegar a pesar 1.450 quilos [o que realmente aconteceu]. Ele não consegue entrar na balança da propriedade”, havia comentado o pecuarista Edgar Lima, o Cacaio, proprietário da Fazenda Boa Esperança, de Cachoeira do Sul.

Hudson é um bovino de corte de cor vermelha e é descendente de campeões: filho do touro francês Duvalier e da vaca 3M Xuza, que já foi grande campeã Limousin da Expointer. Aos cinco anos de idade, ele reafirma sua posição como um dos maiores exemplares da raça no Brasil.
O proprietário da Fazenda Boa Esperança, Edgar Lima, já confiante no desempenho de Hudson, previu que o touro manteria o título de animal mais pesado da Expointer, e sua previsão se concretizou.
“Quando notamos que o animal tem boa filiação, damos a ele uma atenção especial. Após o desmame, ele é recolhido para que seja domado e passa a fazer três refeições ao dia, comendo uma pastagem de qualidade, selagem de milho, pasta de soja e uma ração a base de proteína. Além disso, o bovino passa por um tratamento com vitaminas e vermífugos. A sensação de ter um animal destaque é muito boa e isso faz com que a fazenda ganhe atenção nacional”, destaca Lima.
Além de Hudson, que é o animal mais velho, Lima levou para a 47ª Expointer mais 10 bovinos Limousin, pretos e vermelhos, cinco machos e cinco fêmeas, todos de sobrenome da Boa Esperança: Mané (2 anos), Lico (3 anos), Kauê e Kalunga (4 anos), Jocão (5 anos).
“As meninas são: Laurete (3 anos), que vai chegar com cria ao pé (deve ganhar o terneiro antes da Expointer), Matilde e Malu (2 anos), Nadine (13 meses) e Pérola (7 meses). Todos estão muito lindos”, fala com orgulho.

A vitória de Hudson na Expointer 2024 destaca a importância da raça Limousin no cenário nacional e fortalece a reputação da Fazenda Boa Esperança como um dos principais criadores do país. Com mais essa conquista, Hudson da Boa Esperança entra para a história da feira, deixando sua marca como um gigante na pista e um exemplo de excelência na pecuária.
Faz oito anos que meus touros ganham o título de o mais pesado da Expointer, comemora o pecuarista.
Preparação dos animais
E como é a preparação dos animais para participarem do julgamento da raça na feira? Lima conta que seus bovinos Limousin são soltos no campo o tempo todo. “Eles têm piquetes de um a um hectare e meio, onde se alimentam fora da época da exposição duas vezes ao dia. A cada vez, a gente dá dois canecos de ração especial (cada um de 2,5 quilos, com 16% de proteína), casquinha de soja e silagem de milho, além de vitaminas e homeopatia para combater o carrapato”, explica.

O produtor destaca que, quando é época de exposição, os animais de mais idade e que precisam ter um peso diferenciado são presos em estábulos cerca de 50 ou 60 dias antes. “As fêmeas não são presas, só os machos”, esclarece. “Mas a gente caminha com eles duas vezes por dia, com sol ou chuva, é bom para eles terem resistência. E os alimentamos três vezes ao dia. Os animais adultos comem 13,5 quilos de ração por dia cada um. Quando eles estão presos, precisam de um pasto, então eu dou alfafa triturada, porque o aproveitamento é total”, comenta Lima.
A preparação, na verdade, começa desde cedo. “Quando os animais completam quatro meses já começamos a analisar a filiação, se os pais são especiais, vamos observando as características do animal, a forma de se portar, o andar, e outras características da raça. E começamos a amansá-los aos poucos. Desde novos eles ganham alimentação diferenciada com vitaminas”, conta Lima.
Para o produtor, essa preparação tem surtido efeito. De acordo com ele, a Limousin também é uma raça de grande rendimento de carcaça. “Eu tenho usado os animais para cruzamento com o gado Devon, Brangus e Angus. E tenho o plantel Limousin, sou produtor de touros e novilhas. Vendemos até para outros estados como São Paulo e Minas Gerais. E temos vendido também sêmen de touros para todo o Brasil através de parcerias”, pontua.
Parte estética do animal mais pesado da Expointer
Cerca de 30 ou 40 dias antes da Expointer, os animais são casqueados. Os cascos têm a finalidade de sustentação e locomoção dos bovinos. O casqueamento tem como principal objetivo prevenir doenças dos cascos em animais estabulados e mantidos em piquetes.
“Fazemos as unhas dos animais. Vem um veterinário de Santa Catarina, especialista em podologia, ele casqueia os animais, coloca em um brete para ajustar os cascos. Assim, quando eles entrarem em pista poderão caminhar sem problemas. Isso tudo influencia na reprodução também”, esclarece Lima.

Segundo ele, alguns produtores também tosam seus animais para a exposição. “Nós já tosamos, mas hoje optamos por não tosar mais. Só fazemos algum acabamento no prepúcio ou na cola, escovamos e penteamos seu pelo”.
Fazenda Boa Esperança
A Fazenda Boa Esperança começou com o avô materno de Lima. “No início eram 12 quadras de campo. Atualmente são 800 hectares. Criamos Limousin desde 2001. E os animais participam da Expointer desde 2012”, relata o pecuarista. “Desde 1994 eu ia na feira só para assistir ao julgamento dos Limousin. Nunca sonhei em estar no patamar que estou hoje. Fiquei oito anos na presidência da Associação Brasileira de Limousin. É uma categoria muito unida. Em feiras de terneiros, durante oito anos, sempre me sagrei com o lote mais pesado, com terneiros de nove meses pesando 370 quilos”, conta com orgulho o proprietário do touro mais pesado da Expointer.
“É uma honra para um cachoeirense que não era do ramo. Estou há 25 anos na pecuária, sou advogado, mas sempre fui apaixonado, porque meu pai e meu falecido irmão eram dedicados à pecuária. E eu estou seguindo seus passos. Vamos parar de participar da Expointer, mas continuar atuando na área”, conclui Lima.
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