Boi China em alta e demais categorias são “esquecidas”

Os frigoríficos que trabalham com o padrão exportação, o Boi China, estão mais ativos diante da demanda asiática. Já os demais, seguem andando de lado diante do baixo consumo interno.

O mercado do boi gordo seguiu sem grandes variações de preços, com cotações estáveis nesta quinta-feira, 17 de março, em sua maior parte. Alguns frigoríficos brasileiros, aqueles que atendem ao mercado externo, seguiram mais ativos na busca pelos animais jovens que atendem o padrão exportação, apesar da ausência de variações – tanto para baixo quanto para cima – nos preços da arroba na maioria absoluta das praças.

Enquanto o volume de animais abatidos no Brasil em 2021 volta aos menores patamares em mais de 17 anos, as vendas externas da proteína bovina apresentam desempenho recorde. Como resultado, os preços do boi gordo seguem elevados, na casa de R$ 340/@. De acordo com dados do IBGE, em 2021, foram abatidos no Brasil mais de 27 milhões de cabeças de bovinos, 7% abaixo do ano anterior e a menor quantidade desde 2004.

Segundo a Scot Consultoria, o fraco escoamento de carne bovina no mercado interno diminui o apetite por compras das indústrias, que, de maneira geral, têm trabalhado com escalas de abate confortáveis. Levantamento desta quinta-feira, aponta estabilidade nas três categorias destinadas ao abate.

Dessa maneira, de acordo com a Scot, as referências de preço são: R$ 340/@ para o boi gordo; R$ 298/@ para vaca gorda; e R$ 332/@ para novilha gorda (valores brutos e a prazo).

Os negócios com bovinos de até quatro dentes destinados à exportação oscilam entre R$ 345/@ e R$ 350/@ no mercado paulista, acrescenta a Scot. Entretanto, a Agrobrazil, app parceiro do pecuarista, informou negociação pontual na casa de R$ 350,00/@ em Sandovalina, no estado paulista. O preço foi composto de R$ 345,00/@ + R$ 5,00/@ (bonificações). Confira a imagem abaixo!

Sendo assim, em São Paulo, conforme supracitado, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral a R$ 344,94/@, na quinta-feira (17/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 327,06/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 309,11@. E em Mato Grosso, a média fechou cotada a R$ R$ 328,09@.

Já o Indicador do Boi Gordo – Cepea/Esalq, voltou a valorizar e subiu cerca de 1,79% na comparação diária. Sendo assim, conforme o gráfico abaixo, é possível ver que os preços ficaram no patamar de R$ 349,45/@. Os preços seguem firmes acima de R$ 340,00/@, deixando o mercado ainda mais perdido quanto ao futuro dos preços.

O mercado do boi gordo segue sem alterações significativas em seu preço, no entanto, a demanda chinesa que estava extraordinariamente pujante até o fim da semana passada, deu sinais de calmaria, ainda assim, o mercado segue relativamente aquecido.

O preço do boi gordo em São Paulo continua próximo aos R$ 345,00/@. Na B3 o mercado segue em movimento de desvalorização, o futuro para mar/22 encerrou o dia cotado a R$ 341,50/@, uma variação diária de -0,68%.

No atacado paulista as vendas continuam demonstrando fragilidade e voltam a apresentar baixa liquidez, dessa forma a carcaça casada passou por seu segundo movimento de desvalorização nos últimos 7 dias, atingindo o patamar de R$ 20,50/kg, cravando uma desvalorização diária de 0,49%.

Abates caíram e exportações subiram

No caso específico de fêmeas (vacas e novilhas), foram abatidas 9,27 milhões de cabeças em 2021, queda de 14% frente ao ano anterior e o volume mais baixo desde 2003.

Quanto às vendas externas, segundo dados da Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somavam, até a segunda semana de março, 84,21 mil toneladas, com média diária de embarques de 10,52 mil.

Caso o atual ritmo de vendas se mantenha até o encerramento do mês, o Brasil pode escoar mais de 200 mil toneladas em março

Mercado do boi gordo, reposição e insumos

O mercado do boi gordo esteve firme nos últimos dias e a exportação está com bom desempenho. Já o mercado de reposição, comparativamente está travado diante da elevação dos preços dos insumos e seus reflexos no custo de produção.

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