Boi gordo fecha a semana com alta em todo país, veja

Cotações seguem firmes em cenário de baixa oferta de gado alimentado exclusivamente com capim; Cepea encerra a semana com novo recorde!

O mercado físico do boi gordo teve mais um dia de alta nos preços nesta sexta-feira, 12. Segundo avaliação do cenário atual da pecuária, os frigoríficos ainda encontram um quadro de oferta restrito, em um nível inédito para um primeiro trimestre. Preços encerram a semana em alta e pecuarista já fala em R$ 320,00 na próxima semana!

No entanto, nesta segunda semana de março, o mercado físico do boi gordo registrou pouca liquidez de negócios, ainda sob efeito da oferta restrita de animais prontos para abate, além do posicionamento mais cauteloso nos negócios, tanto por parte das indústrias quanto dos pecuaristas.

Segundo a Scot consultoria, em relação à vaca gorda, houve um acréscimo de R$1,00/@ no comparativo dia a dia, sendo negociadas em R$283,00/@, preço bruto e a prazo. A cotação do preço da novilha gorda permaneceu estável em R$297,00/@, nas mesmas condições. 

Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado chegou a R$ 310,31/@, na sexta-feira (12/03), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 292,48/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 290,01/@.

As negociações envolvendo animais na praça paulista, não foi registrada nenhuma com valor abaixo de R$ 300,00. O indicador do boi gordo do Cepea  apresentou nova valorização, batendo a máxima histórica da série ao fechar em R$ 310,50/@. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16%. Em 12 meses, os preços alcançaram 53,00% de alta.

Segundo relatos da IHS Markit, os primeiros lotes terminados a pasto ainda chegam ao mercado de forma muito esparsa. Além da baixa oferta de boiadas alimentadas exclusivamente com capim (devido ao atraso este ano na chegada da chuva no Brasil-Central), os pecuaristas seguram propositalmente os lotes nas fazendas.

Escalas de abate

Após leve avanço, esta semana foi marcada pelo encurtamento nas programações de abate nas principais regiões produtoras. A procura pelo boi gordo continua alta, mesmo que o mercado interno continue com baixíssima liquidez, as exportações seguem aquecidas.

  • Em São Paulo, as programações de abate encerraram a semana com 6,0 dias úteis, mantendo-se estáveis, sem mudanças na comparação semanal.
  • Já em Goiás e Mato Grosso do Sul, as indústrias encerraram a sexta-feira ambas com 4,0 dias úteis.
  • Na região mato-grossense e mineira, as programações de abates encerraram mais encurtadas em relação à semana passada. Os trabalhos fecharam a semana com 4,0 dias úteis no Mato Grosso, e 3,0 dias em Minas Gerais.

Além da baixa oferta de machos prontos para abate, o típico descarte de vacas neste período do ano (encerramento da estação de monta) não vem ocorrendo, efeito do uso das fêmeas como matrizes, visando driblar o maior ônus da reposição, relata a iHS. Nesta conjuntura, o pleito entre pecuaristas e frigoríficos permanece sem definição, porém oferecendo grande firmeza aos preços da arroba do boi gordo. 

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Nesta sexta, a arroba do boi gordo em São Paulo subiu mais uma vez e chegou a R$ 312.
  • Em Goiás, os valores ficaram em R$ 295 em Goiás.
  • Em Minas Gerais, o preço foi de R$ 303.
  • Já em Mato Grosso do Sul os valores ficaram entre R$ 294/R$ 295,
  • Enquanto em Mato Grosso, o boi gordo foi negociado  R$ 298/R$ 299.

Exportações

No mercado externo, a demanda sinalizou grande força, incentivada pelo enfraquecimento do real frente ao dólar e retomada das vendas a China. De acordo com a Secex, o volume embarcado na primeira semana de março alcançou 30,5 milhões de toneladas, com uma média diária de 6,1 mil ton./ dia, avanço de 7,7% em relação a fevereiro/21 e 6,8% superior à média registrada em março/20.

Além da melhora de volumes vendidos ao exterior, o preço por tonelada exportada ficou em US$ 4.583, valor 11,4% maior que o de março/20. Nesta semana, alguns Estados e municípios receberam do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o reconhecimento nacional como locais livres de febre aftosa sem vacinação, fator que pode alavancar a demanda internacional por carne bovina, como é o caso do Rio Grande do Sul.

Atacado

O atacado apresentou acomodação em seus preços na semana. O ambiente de negócios ainda sugere para menor espaço para reajustes no curto prazo, já que a segunda quinzena do mês é tradicionalmente um período que conta com uma menor reposição entre atacado e varejo.

Somado a isso precisa ser considerado o lockdown mais severo dentro do estado de São Paulo, comprometendo a demanda de restaurantes, bares e de outros estabelecimentos.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20, por quilo. Já o corte dianteiro permanece em R$ 16,10, por quilo. A ponta de agulha seguem em R$ 15,70, por quilo.

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