Boi gordo subindo de elevador já embarca a R$ 290/@

As cotações que haviam atingido o valor de R$ 276,95/@ no dia 24/01, fecharam a última semana cotados a R$ 290,20/@. Quais as expectativas para o mercado do boi gordo nesta semana? Confira!

O mercado físico do boi gordo segue com registro de negócios realizados acima das referências médias em diversas praças pecuárias pelo país, mostrando que “o pior já passou”. Em algumas praças pecuárias a oferta de animais prontos para abate já dá sinais de esgotamento e muitas unidades frigoríficas estão se valendo de boiada negociados a termo para manter suas operações.

Segundo a Agrifatto, na contramão do que foi visto no início da última semana, na sexta-feira apenas a praça gaúcha apresentou queda nos preços no mercado físico do boi gordo, e outras sete praças monitoradas passaram por valorização. 

“Alguns repiques de negócios, por exemplo, possibilitaram a formação de preços mais firmes em praças de Minas Gerais e São Paulo para lotes que atendem padrão exportação”, afirmam os analistas. Nas praças do Mato Grosso do Sul, diz a S&P Global, também houve unidades oferecendo prêmios para gado que se encaixava no padrão-Europa.

Esse movimento ocorre prioritariamente para animais que cumprem os requisitos de exportação para a China. As notícias recentes relacionadas ao mercado exportador de carne bovina estimulou os compradores paulistas na busca pelo “boi China”. Com isso, a cotação subiu.

Segundo a consultoria, a volta do feriado na China, além do envio dos primeiros carregamentos de carne bovina à Indonésia e o fim recesso no Brasil, devem reservar alguma recuperação dos preços do boi gordo em fevereiro. O “boi China” está cotado em R$280,00/@, preço bruto e a prazo, aumento de R$5,00/@ na comparação feita dia a dia. Negócios pontuais acima dessa referência ocorreram.

Segundo os valores divulgados pelo Indicador do Boi Gordo/CEPEA, as cotações tiveram uma alta expressiva na última semana, fechando com uma variação positiva de 1,17% na comparação mensal. Sendo assim, as cotações que haviam atingido o valor de R$ 276,95/@ no dia 24/01, fecharam a última semana cotados a R$ 290,20/@.

Segundo os dados da Scot Consultoria, o boi gordo destinado ao mercado interno está cotado em R$270,00/@, a vaca gorda em R$259,00/@ e a novilha gorda em R$265,00/@, preços brutos e a prazo.

“Porém, os primeiros sinais de suporte aos preços da arroba começam a aparecer, embora tal movimento ainda seja tímido”, afirmam os analistas da S&P Global.

“Esse ambiente altista é consequência de uma segunda quinzena do mês pautada por inexpressivo fluxo de negócios, levando ao encurtamento das escalas de abate nesses estados. No entanto, o quadro muda de figura quando a análise se direciona para a Região Norte e para o Mato Grosso, nessas praças o mercado permanece pressionado, com as indústrias locais testando preços cada vez mais baixo”, de acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias

Além disso, segundo o comentarista, as pastagens em boas condições fazem com que o pecuarista tenha a capacidade de cadenciar o ritmo dos negócios.

Escalas de abate, segundo Agrifatto

Em relação às escalas de abate, os frigoríficos contaram com programações confortáveis na última semana, na média de 9 dias úteis assim como na semana anterior. Da mesma forma, em São Paulo, a média semanal se manteve estável com 12 dias úteis programados.

Porém, as expectativas são boas para os primeiros dias de fevereiro, e alguns pecuaristas já resistem às quedas propostas pelos frigoríficos.

Foto Divulgação.

Giro do Boi Gordo pelo Brasil

  • Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi subiu para R$ 282 .
  • Em Minas Gerais, os preços fecharam em R$ 282.
  • Em Dourados (MS), a cotação se manteve R$ 258.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 248.
  • Em Goiânia (GO), a arroba está em R$ 267.

Mercado do atacado segue acomodado

Já os preços da carne bovina seguem acomodados no mercado atacadista.

De acordo com Iglesias, a primeira quinzena do mês pode motivar alguma alta dos preços no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo.

“Já o grande entrave para altas mais consistentes está na frágil situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, ainda com sintomas de sobreoferta”, destaca o comentarista. Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 14 por quilo.  Já a ponta de agulha ficou com preço de R$ 14,30. Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 19,80 por quilo.

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