Bolsonaro lançou satélite 100% brasileiro, Amazônia-1

Objetivo do Amazônia-1, tem como importante tarefa fazer o monitoramento do desmatamento na região amazônica e o desenvolvimento da agricultura em todo o território nacional. Confira!

O primeiro satélite 100% brasileiro, o Amazônia-1, foi lançado com sucesso ao espaço em fevereiro deste ano, transportado à órbita terrestre pelo foguete indiano PSLV-51. O satélite partiu do Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharioka Andhra Pradresh, na Índia. O lançamento foi mais um feito do Governo Bolsonaro, que desde o início vem defendendo as terras brasileiras e combatendo o desmatamento da forma correta!

Atualmente, outros dois satélites brasileiros de sensoriamento remoto já estão em operação no espaço: o CBERS-4 e o CBERS-04A, lançados em 2014 e 2019, respectivamente. Diferentemente do Amazônia -1, no entanto, ambos os equipamentos de exploração espacial foram desenvolvidos em parceria com a China, em uma proporção de 50% para cada país.

“O Amazônia-1 é o primeiro satélite exclusivamente brasileiro, tendo sido integralmente concebido, projetado, desenvolvido, integrado, testado, e em breve, operado pelo Brasil”, afirma a diretora substituta do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Mônica Rocha.

Após passar com sucesso pelos testes de comissionamento, o satélite Amazonia-1 foi declarado operacional e suas imagens já estão à disposição do público. Por meio do site www.dgi.inpe.br e do catálogo www2.dgi.inpe.br/catalogo/explore é possível acessar imagens de todo o país produzidas pelo equipamento. O portal também conta com um manual de uso da ferramenta de pesquisa.

O Amazonia-1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Em 28 de janeiro de 2021, foi lançado da base de Sriharikota Range (SHAR), na Índia, na missão PSLV-C51, junto com a agência espacial do país, a Indian Space Research Organisation (ISRO).

O projeto é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI).

lançamento do satélite 100% projetado no Brasil, Amazonia-1

“A importância do feito passa por duas principais questões: a capacidade do Brasil de realizar uma importante tarefa de forma totalmente autônoma e de ter o domínio do ciclo completo de produção de um satélite desse porte — 640 quilos e 2,5m de altura —, o que coloca o país em um grupo de menos de 20 países com essa competência”, completa.

Isso inclui integrar, testar e acompanhar o lançamento, realizar as manobras iniciais para o posicionamento do Amazônia-1 na órbita correta, verificar o funcionamento adequado de todos os equipamentos e subsistemas, realizar a operação durante a vida do útil do satélite — que é de pelo menos quatro anos — e, por fim, promover sua retirada de órbita, ao término da missão.

A importante tarefa do novo satélite é monitorar desmatamento na região amazônica e o desenvolvimento da agricultura em todo o território nacional. Para isso, o equipamento de exploração espacial será colocado em uma órbita sol-sincrona — isto é, que permite passagens sucessivas sobre o mesmo ponto da Terra à mesma hora solar — a uma altura de 760km e cruzará a Linha do Equador no sentido Norte-Sul às 10h30 do horário local, viajando a uma velocidade de quase 27 mil quilômetros por hora.

https://youtu.be/1SBQdgE-v1E

A essa velocidade, o satélite levará apenas cem minutos para dar uma volta na Terra, permitindo com que ele obtenha imagens de qualquer ponto do planeta a cada cinco dias. Conjuntamente, o CBERS-4 e CBERS-04A irão promover imagens recorrentes do território brasileiro a cada dois ou três dias.

“Os dados estarão disponíveis gratuitamente para a comunidade científica, órgãos governamentais, empresas e quaisquer usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre”, diz a diretora substituta do Inpe.

Mônica ressalta que, em razão da política brasileira de livre distribuição de imagens de satélites, que tem sido praticada desde o início dos anos 2000, o Brasil é hoje um dos maiores distribuidores de imagens de satélites gratuitas do mundo.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, acompanhou desde o Centro Espacial de Satish Dhawan, na Índia. O primeiro astronauta brasileiro festejou o sucesso do lançamento. “Este é o resultado do esforço de muitas pessoas, que por muitos anos trabalharam no desenvolvendo do satélite Amazônia-1”, afirmou.

“O lançamento de hoje representa para o Brasil o início de uma nova era para a indústria de produção de satélites e para o desenvolvimento aeroespacial”, completou o ministro Marcos Pontes.

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