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Brasil supera EUA em competitividade para exportar soja à China

Os Estados Unidos são tradicionais concorrentes do Brasil na exportação de soja e milho. No caso da oleaginosa, os brasileiros lideram na produção.

O Brasil superou os Estados Unidos em competitividade, em dólar por tonelada transportada, para levar soja à China no primeiro semestre de 2022, disse hoje (29) o presidente-executivo da Rumo, João Alberto de Abreu, durante o evento AgroForum, promovido pelo BTG Pactual.

Ele comparou o custo para se levar uma tonelada de grãos de Mato Grosso, principal produtor brasileiro, com o da região do “Corn Belt” dos EUA, que tem no rio Mississippi a principal rota de escoamento até os portos de exportação.

“O Brasil acaba de tomar a posição dos Estados Unidos como sendo o mais competitivo para colocar produtos do agronegócio nos seus destinos, estou falando aqui principalmente de China, o principal mercado…”, disse o executivo da companhia líder em logística ferroviária no país.

Os Estados Unidos são tradicionais concorrentes do Brasil na exportação de soja e milho. No caso da oleaginosa, os brasileiros lideram na produção e vendas externas, com os EUA no segundo posto. No cereal, os norte-americanos têm a liderança global, enquanto o país sul-americano é o segundo na exportação.

Segundo Abreu, a discussão agora se dá em como ampliar essa liderança.

“O Brasil está entre os líderes em produtividade, mas também na logística… passamos os Estados Unidos, e isso é muito importante, isso em função da grande quantidade de investimentos nos últimos anos”, comentou.

“Então, o país não pode mais dizer que, da porteira para fora, não é competitivo”, completou Abreu.

Abreu lembrou ainda que o Brasil passou a liderar recentemente o trading global de grãos entre países e também tem maior espaço que os EUA para ampliar sua liderança.

“O Brasil tem espaço para continuar aumentando a sua produção, tem terra para isso, preservando o meio ambiente, diferentemente de outros Estados produtores, como os Estados Unidos”.

Os norte-americanos já ocupam grande parte de suas terras agricultáveis.

“Diante desse contexto, da oportunidade que o Brasil tem de aumentar sua liderança no trading global e continuar alimentando o mundo, a nossa visão foi construir uma infraestrutura competitiva”, ressaltou, lembrando que políticas públicas também favoreceram os investimentos.

Ele disse que a Rumo tem o objetivo de ser a “mais competitiva nas geografias em que opera”, e lembrou que deve começar, neste ano, a ampliação de ferrovia em Mato Grosso em direção ao norte do Estado.

Apesar de ter destacado melhorias logísticas, ele admitiu que o país ainda tem uma malha ferroviária relativamente pequena, o que também gera oportunidades.

“Vamos começar a ferrovia rumo ao norte de Mato Grosso, que responde por 40% das exportações brasileiras de grãos, que só tem 300 km de ferrovias, e a Rumo vai colocar mais 700 km de ferrovias, mil quilômetros para reduzir esta distância”, disse.

A guerra na Ucrânia, “um evento triste para o mundo”, afirmou o executivo, trará, por outro lado, oportunidades para o agronegócio do Brasil, diante do rearranjo em uma série de cadeias globais de suprimentos de produtos.

Fonte: Reuters

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