
Grão cultivado em São Sebastião da Grama venceu prêmio considerado o ‘Oscar’ do setor e foi vendido a grupos estrangeiros, o que o classificou como café brasileiro mais caro da história. Donos da marca reservaram lançam edição de luxo com apenas 200 unidades.
O café Geisha, produzido na Fazenda Rainha pela Orfeu Cafés, em São Sebastião da Grama (SP), alcançou um feito histórico ao ser vendido por R$ 84,5 mil a saca de 60kg, no final do último ano, e se tornou o café brasileiro mais caro da história durante o leilão dos cafés vencedores do Cup of Excellence 2023. Esse valor é o mais alto já pago por um café brasileiro. Agora, para aqueles que acompanham todas as novidades do setor, vocês vão gostar da notícia. O café Orfeu, o grão natural brasileiro leiloado pelo valor mais alto da história, finalmente chega ao mercado nacional.
O lote do Geisha foi o grande vencedor na categoria via seca do concurso promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alliance for Coffee Excellence (ACE). A Orfeu, contudo, conseguiu manter uma pequena parte desse café no Brasil.
Agora, esse café campeão é lançado em uma embalagem comemorativa. A data e os detalhes de um dos lançamentos mais importantes da história da Orfeu foram antecipados com exclusividade ao Café na Prensa.
Ele será vendido em conjunto com outro microlote, um café da variedade arara que venceu outro prêmio no ano passado – o prêmio Aroma, que não tem o prestígio do Cup of Excellence, mas que também elege alguns dos melhores cafés da safra brasileira.
O kit comemorativo trará duas garrafas de vidro, com o vencedor de cada um dos concursos. Cada garrafa tem 210 g de café em grãos. Ao todo, serão comercializadas 200 unidades do conjunto, todas numeradas. Elas estarão disponíveis a partir desta sexta (28), somente pelo e-commerce da marca e no empório Santa Luzia, em São Paulo. O conjunto custará R$ 450.
Trata-se de um café da variedade geisha cultivado em São Sebastião da Grama (a cerca de 250 km de São Paulo). Ele foi um dos vencedores da edição brasileira do Cup of Excellence, concurso que é considerado o “Oscar dos cafés”. Foi o maior valor já pago por um café natural brasileiro. Para quem não sabe, natural quer dizer que o café pós-colheita, secou ainda na casca. Em 2018 um grão de Minas Gerais chegou a alcançar um valor ainda maior, mas na categoria “Via Úmida”.
As três sacas leiloadas no ano passado foram adquiridas pela empresa japonesa Sarutahiko Coffee. Mas a Orfeu conseguiu manter uma pequena parte desse café no Brasil.
Cada saca de 60 kg foi vendida pelo equivalente a R$ 84,5 mil, o que corresponde a um valor de R$ 1.410 por quilo.
O geisha vencedor do Cup of Excellence é cultivado em uma altitude de 1.570 metros e tem notas de mel, maracujá, caramelo, jasmim, mamão, ameixa e erva-cidreira.

Já o arara fica em uma altitude de 1.350 metros e tem acidez elevada e notas sensoriais de limão, rapadura e hortelã. Os grãos dessa variedade estão constantemente entre os mais aclamados das fazendas da Orfeu. Em 2022, outro lote dessa mesma variedade ganhou o prêmio Aroma.
Ambos os café são cultivados na fazenda Rainha, em São Sebastião da Grama, que fica na chamada região vulcânica –área entre os estados de São Paulo e Minas Gerais na qual o cultivo ocorre no entorno de uma caldeira vulcânica.
Por que é tão caro?
O lote cuja saca bateu recorde de valor foi o campeão do Cup of Excellence Brasil na categoria “Via Seca”, que se destina aos grãos naturais (colhidos e secos com casca).
Ele é da valorizada variedade geisha (ou gesha), tipo de café arábica que surgiu no vilarejo de Geisha, na Etiópia –não tem, portanto, nenhuma relação com as gueixas da cultura japonesa. Foi no Panamá, porém, que esta variedade de fato encontrou solo fértil e alcançou uma qualidade reconhecida mundialmente. Recentemente, ela foi introduzida no Brasil.
Geralmente, esse tipo de café produz uma bebida muito aromática, com notas florais e acidez balanceada — atributos muito valorizados no mercado de cafés especiais.
É também da variedade geisha o recorde de café mais caro do mundo. Ele foi estabelecido em um leilão realizado em setembro de 2022, quando um lote do produtor panamenho Lamastus Family Estates foi arrematado por cerca de R$ 65 mil o quilo.
É claro que a variedade não é o único fator decisivo para a qualidade do café. Muitas questões interferem na qualidade final da bebida, como terroir, manejo, processamento pós-colheita, torra etc. Logo, não basta ser de uma variedade considerada nobre. É preciso que o café passe por um tratamento qualificado ao longo de toda a cadeia
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