Cantor e grande pecuarista tinha mega fazenda, vídeo

Cantor tinha fazenda com mais de 40 mil hectares em MS e transbordava amor pelo Pantanal: ‘meu lugar favorito’; Aleksandro tinha dupla com Conrado e morreu em um acidente no sábado (7).

O cantor sul-mato-grossense Aleksandro, que morreu em um grave acidente de ônibus, na manhã de sábado (7), aos 34 anos, na rodovia Régis Bittencout, no estado de São Paulo, mantinha uma fazenda no estado natal e compartilhava nas redes sociais registros no Pantanal e em contato com a natureza e animais. O pecuarista era dono de uma fazenda na região do Pantanal. A área foi comprada em 2020, durante a pandemia e fica próxima de Campo Grande (MS).

Nascido e criado em meio ao ambiente rural, em propriedades da família para criação de boi e cultivo de pasto, Aleksandro se orgulhava do trabalho no campo. Nas redes sociais, há vídeos em que ele aparece exercendo o trabalho de boiadeiro, conduzindo e fazendo a guarda do gado.
Apaixonado pela vida no campo, Aleksandro criava gado e morava na fazenda com a esposa, Tatiele Toro, e os filhos, Noah e Maya.

Nascido em Dourados (MS), o artista era amante do Pantanal e compartilhava declarações sobre a maior planície alagável do mundo. “Se tivéssemos brasileiros com a sinceridade, humildade e sensibilidade do homem pantaneiro viveríamos e teríamos um Brasil muito melhor”, escreveu o cantor em uma publicação na rede social.

Não à toa, o figurino de Aleksandro era quase sempre o mesmo: calça justa, bota de cano alto e chapéu largo. No tempo livre, um dos hobbies preferidos do artista e agrônomo era jogar golfe. No terreno onde morava, além de área para a prática do esporte, havia um local destinado para pista de pouso de pequenos aviões.

O terreno contava também com uma área para prática de golfe, esporte apreciado pelo artista, e uma pista para pouso de pequenos aviões. O artista foi criado em ambiente rural e era formado em agronomia. Para os palcos, ele levou as raízes sertanejas com calças justas, botas de cano alto e chapéus de boiadeiro.

Menos de dois meses antes de morrer, o cantor compartilhou uma foto com a família em meio ao gado e com um cavalo. “Um dia de paz e descanso mais que merecido”, escreveu na legenda.

Sempre que podia, Aleksandro vinha a Mato Grosso do Sul passar um tempo com a família na fazenda que mantinha. Devoto às tradições pantaneiras, o artista costumava fazer churrasco à moda pantaneira, com a carne sendo assada em um buraco no chão, suspensa por galhos de bambu.

“Uma grande paixão na minha vida, é adquirir terras no interior do Brasil. A Caminhada até aqui foi de lágrimas e sangue, hoje passamos de 40 mil hectares ?? suor e trabalho duro. Feliz dia do pioneiro.”

No dia do fotógrafo, o cantor compartilhou um registro ao lado de um profissional amigo, no Pantanal. “Feliz dia do fotógrafo para o meu preferido, no meu lugar favorito”, declarou-se.

Além de desfrutar de momentos no bioma pantaneiro, Aleksandro também era apaixonado por cavalos e atividades envolvidas, como a montaria e o laço. A pescaria também estava presente nos momentos em que o artista estava fora dos palcos.

Peão moderno, o cantor mantinha a bota no pé e o celular na mão. Morador de Londrina, o cantor será velado no estado paranaense. Em MS, estado natal, fica a saudade dos fãs do artista.

Dupla sertaneja aos 15 anos

Aleksandro formou a dupla sertaneja com Conrado quando tinha 15 anos. Nesse período, ele ainda vivia em Dourados (MS), sua cidade natal. No início da carreira musical, os dois costumavam se apresentar em bares e restaurantes da região, além de eventos voltados para o mercado sertanejo.

Nessa época, algumas letras autorais da dupla se tornaram conhecidas em cidades do estado. Aleksandro e Conrado só ganharam projeção nacional em 2009, quando lançaram seu terceiro CD pela gravadora Som Livre, com a faixa “Certos Detalhes”, em parceria com o cantor Luan Santana.

Nova formação desde 2019

Em 2019, após celebrar 15 anos de carreira, a dupla anunciou uma nova formação. Conrado Bueno deixou a parceria com o amigo para lançar trabalhos como cantor solo. Pai de um menino de 2 anos naquele período, Conrado afirmou que sentiu a necessidade de dedicar mais tempo à família. A dupla fazia, naquela época, uma média de 15 shows por mês.

Mesmo com a baixa, a dupla Conrado & Aleksandro continuou na ativa. E com o mesmíssimo nome. O cantor João Vitor Soares substituiu o colega e assumiu a persona Conrado, para manter a velha identidade da dupla sertaneja, já consolidada entre os fãs.

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