
A indústria do cavalo é uma das que mais cresce no agronegócio brasileiro e estima-se que movimenta mais de R$ 30 bilhões por ano, além de empregar cerca de três milhões de pessoas no Brasil. Confira!
O mercado de equinos nos seus diversos segmentos de trabalho têm movimentado cada vez mais a economia e o agronegócio do Brasil. O país tem hoje o quarto maior mercado de equinos do mundo, ficando atrás apenas da China, México e EUA. Responsáveis pelo desenvolvimento dos principais ciclos econômicos do país, desde o Pau-Brasil, passando pelo açúcar e os metais preciosos, esses animais continuam movimentando a economia no século XXI, seja na lida, no lazer ou nas competições. O mercado de equinos tem uma movimentação financeira hoje que supera R$ 30 bilhões.
Segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO – Food and Agriculture Organization, por sua sigla em inglês), de 2021, o Brasil possui 5,8 milhões de equinos, ocupando a quarta posição deste ranking, somente atrás dos EUA, México e China, com 10,6, 7,1, e 6,4 milhões, respectivamente.
O mercado de equinos no Brasil é um dos maiores do mundo, tanto em termos de quantidade de animais quanto de contribuição econômica. O país tem uma variedade de raças de equinos, incluindo raças nacionais como Mangalarga Marchador, Campolina, Crioulo e Quarto de Milha, que são usadas tanto para trabalho quanto para esportes e lazer.
A indústria de equinos tem um impacto significativo na economia brasileira. Além da venda e da criação de cavalos, a indústria gera empregos em áreas como treinamento, cuidado com cavalos, turismo equestre, fabricação de equipamentos e suprimentos para cavalos, e construção de instalações equestres.
Segundo estudo que está em andamento e é coordenado pelo engenheiro agrônomo e professor doutor do departamento de economia, administração e sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), Roberto Arruda Souza Lima, o mercado de equinos tem uma movimentação financeira hoje que supera R$ 30 bilhões e emprega mais de três milhões de pessoas no Brasil.
Segundo Roberto, cerca de 36% deste PIB da equideocultura está concentrado nos animais usados para o lazer e em competições esportivas.
“O universo que gira em torno da cadeia produtiva e dos negócios da equinocultura vai muito além da compra e venda dos animais. Outros vários segmentos estão relacionados com a criação da raça como fábricas de ração, feno, indústria farmacêutica, ferrageamento, selarias, serviços veterinários, entre diversos outros”, destaca a presidente da ABCCMM, Cristiana Gutierrez.
De acordo com os dados do IBGE, até minha última atualização em setembro de 2021, o Brasil possuía uma população de equinos de aproximadamente 5,8 milhões de cabeças. Este número pode ter variado devido a vários fatores biológicos, ambientais e de mercado.

Entre os destaques desse nicho econômico estão os animais da raça Mangalarga Marchador, que lideram esse rebanho correspondendo a 31% do plantel brasileiro. Fruto do cruzamento de cavalos Álter, de origem portuguesa, com éguas selecionadas para sela, o sucesso da raça se deve à versatilidade que o animal apresenta: o atual plantel de 709 mil cabeças se divide entre animais utilizados no lazer, esporte e trabalho.
Segundo levantamento da ABQM, somente em Araçatuba (SP), as provas oficiais do Quarto de Milha injetam cerca de R$ 30 milhões todos os anos na economia local, além de movimentar negócios de vários setores e aumentar oportunidades de emprego para a população.
Cenário do mercado de equinos é otimista
A diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) garante que o cenário é otimista. Hoje a entidade congrega 22 mil associados ativos divididos em 50 núcleos nacionais e internacionais. Números que não param de crescer, são centenas de novos criadores do Mangalarga Marchador todo mês.
Embora a indústria de equinos do Brasil seja forte, ela também enfrenta desafios. Estes incluem o controle de doenças, a necessidade de melhores práticas de bem-estar animal e o impacto do desenvolvimento urbano na disponibilidade de terra para a criação de cavalos.
Em relação aos esportes, o Brasil tem uma forte presença em esportes equestres, com competições em várias modalidades, como hipismo clássico, polo, vaquejada, provas de laço, três tambores, rédeas, entre outros. Além disso, o país já obteve sucesso em competições internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos.
Belo Horizonte recebe 40ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador
Até o dia 29 de julho será realizada a 40ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, no Parque Bolivar de Andrade (Parque de Exposições da Gameleira), em Belo Horizonte (MG). Iniciativa da ABCCMM, o evento é considerado o maior da América Latina que reúne apenas uma única raça, além de ser o maior evento privado, depois do Carnaval, que reúne milhares de pessoas, movimentando a economia e o turismo na capital mineira.
Realizada anualmente, desde 1982, no Parque da Gameleira, a Nacional comemora Bodas de Esmeralda em 2023, um momento muito especial para celebrar quatro décadas de evolução do evento que é o mais esperado pelos criadores e fãs da raça. Concursos de marcha, provas funcionais e sociais, servirão para o julgamento dos animais participantes, provenientes de todas as regiões do Brasil. Palestras técnicas com especialistas e provas esportivas também fazem parte do calendário. O evento conta ainda com atrações para toda a família, entre shows, estandes diversificados e circuito gastronômico com muitas opções. Para a criançada, haverá espaço kids e minifazenda.
Serviço: 40ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador
Data: 17 a 29 de julho
Horário: 8h às 22h
Local: Parque de Exposições da Gameleira (Avenida Amazonas, 6.020 – Gameleira – Belo Horizonte (MG)
Ingressos: nacionalmarchador.com.br/40a-exposicao-nacional-do-mangalarga-marchador__985
Instagram: @abccmmoficial
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.
Petrobras anuncia nova redução no preço do diesel em R$ 0,12 por litro
O valor final do diesel depende de outros fatores além do produto, como a incidência de tributos e o percentual de lucro das distribuidoras.
Continue Reading Petrobras anuncia nova redução no preço do diesel em R$ 0,12 por litro
IGC reduz projeção da safra global de grãos 2024/25 para 2,303 bi de t
O recuo foi atribuído principalmente a uma projeção menor para o trigo. O volume ainda é inferior ao estimado para 2023/24, de 2,310 bilhões de toneladas.
Continue Reading IGC reduz projeção da safra global de grãos 2024/25 para 2,303 bi de t
EUA vendem 76,5 mil t de trigo da safra 2024/25, revela USDA
O volume representa baixa de 29% ante a semana anterior, mas alta de 2% em relação à média das quatro semanas prévias.
Continue Reading EUA vendem 76,5 mil t de trigo da safra 2024/25, revela USDA
EUA vendem 1,562 milhão t de milho da safra 2024/25, mostra USDA
O volume representa alta de 99% em relação à semana anterior e de 39% na comparação com a média das últimas quatro semanas.
Continue Reading EUA vendem 1,562 milhão t de milho da safra 2024/25, mostra USDA
Conheça as 5 raças de cavalos que foram extintas nos últimos anos
Conheça as histórias marcantes de raças de cavalos que foram extintas ao longo do tempo, mas deixaram um legado inesquecível na genética e na cultura dos cavalos
Continue Reading Conheça as 5 raças de cavalos que foram extintas nos últimos anos
Conheça o gado cinzento húngaro, a raça protegida por lei
Com pelagem prateada e chifres longos, a raça Grey Húngaro antiga sobrevive como patrimônio cultural da Hungria e referência de rusticidade e carne magra.
Continue Reading Conheça o gado cinzento húngaro, a raça protegida por lei