O excesso de chuvas, desde a floração até a colheita, foi o principal motivo que causou a quebra na produção de azeites de oliva; Dados mostram que serão produzidos 193,15 mil litros, abaixo do recorde de 580,22 mil litros do período anterior
A produção de azeite de oliva do Rio Grande do Sul nesta safra teve redução. Segundo dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, foram produzidos 193,15 mil litros neste ano, ante os 580,22 mil litros da safra passada, uma redução de 67%. As condições climáticas já adversas desde o ano passado, com chuvas torrenciais em setembro de 2023 em parte das regiões produtoras mais à Metade Sul do Estado, motivou essa queda.
Em relação à expectativa inicial de produção, a diminuição foi de 73%. Conforme o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, a safra de 2023/2024 foi de fato um período com um clima diverso, onde se iniciou o ano passado com uma seca muito severa nos três primeiros meses.
“Posteriormente tivemos um inverno com poucas horas de frio e, consequentemente, na primavera, que seria a hora da floração, tivemos um excesso de chuvas no mês de setembro e a partir daí comprometeu toda a floração das oliveiras. O mês de outubro relativamente foi normal, exceto em algumas áreas com temperaturas muito baixas, inclusive provocando geadas, e depois novamente lá no mês de novembro, chuvas intensas e culminando agora no mês de maio essa grande catástrofe que aconteceu no Estado do Rio Grande do Sul”, salienta.
Para o dirigente, a quebra serve de alerta, do ponto de vista até mesmo socioambiental, onde já que não se pode impedir esses eventos climáticos e é preciso se preparar para conviver com eles. Isso, segundo Fernandes, traz à tona a preocupação com a pauta da sustentabilidade.
“É importante, a partir dessas análises desses eventos, que hoje são uma realidade cada vez mais frequente, que nós pontuamos ações concretas em relação ao nosso ecossistema. E claro que a olivicultura vem para agregar. Nós temos hoje, dentro dos nossos olivais, partindo da questão de sequestro de carbono, temos também a questão da preservação de matas ciliares, temos o consórcio também com o ovinocultura”, reforça.
Foram consultados 25 lagares do Rio Grande do Sul para a realização do levantamento. A área plantada no Estado é de aproximadamente 6,5 mil hectares. Entre os municípios de maior produção do azeite de oliva estão Encruzilhada do Sul, Pinheiro Machado, Canguçu, Caçapava do Sul, São Sepé, Cachoeira do Sul, Santana do Livramento, Bagé, São Gabriel, Viamão e Sentinela do Sul.
Encaminhamentos
O engenheiro agrônomo Fabricio Carlotto sugeriu a reativação do Grupo Técnico da Olivicultura, com pesquisadores da Embrapa, da Seapi e das universidades; consultores privados; e extensionistas da Emater/RS-Ascar. O que foi endossado pelos representantes da Câmara.
O Ibraoliva ficou de indicar a data do 6º Encontro Estadual de Olivicultura, que estaria programado para ser realizado em Caçapava do Sul este ano, provavelmente em novembro. Neste período está prevista a vinda de integrantes do Conselho Oleícola Internacional (COI).
A fim de esclarecer seus associados, o Ibraoliva pretende promover uma reunião sobre crédito rural para abordar questões como Proagro, repactuação de contratos, entre outras. Ainda será reforçado o pleito junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre a criação de um fundo garantidor de crédito rural.
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