Colhedora de cana da John Deere reduz custos da colheita em 22%

Colhedora CH950 da John Deere conta com pacote tecnológico e através da plataforma Operation Center é possível monitorar a colheita de forma online

Lançada em 2021, a CH950 é a primeira colhedora independente de cana-de-açúcar de duas linhas produzida em massa no setor. Modelos anteriores permitiam a colheita de apenas uma linha de cana por vez devido ao peso da forragem da cultura. A produção média de cana-de-açúcar é de 80 a 100 toneladas por hectare, e uma colhedora média de uma linha opera 3 mil horas por ano a 40 toneladas por hora.

Em comparação, isso significa que o volume de material processado por uma colhedora de cana-deaçúcar de uma linha por safra é seis vezes maior do que uma colhedora de milho média processa por safra. Ao adicionar a segunda linha, o volume de material que uma única colhedora de cana-de-açúcar pode processar por temporada praticamente dobra.

Dados mostram que a colhedora reduz em 22% no custo da tonelada. Os números também apontam uma redução de 36% na mão de obra de operadores de campo, 30% no consumo do diesel e 50% menos de perdas (o sistema de limpeza dessa máquina foi totalmente reprojetado, e também o posicionamento da máquina na entrelinha da cana, permite uma localização que evite o pisoteio da soqueira e as quebras de cana na lavoura).

Essa colhedora vai revolucionar o sistema produtivo de cana no Brasil

De acordo com a fabricante a CH950 se torna uma máquina que faz mais com menos, pois proporciona uma maior longevidade e produtividade do canavial, mais produção de açúcar, conservação de solo, melhor vida útil de componentes. A colhedora proporciona maior rentabilidade com menos mão de obra, menos consumo de combustível e menos emissão de CO2.

A John Deere também apresentou o pacote de tecnologia Cane Advisor, composto por um gerenciador de manobras (HMS), automatizado. “Todas aquelas configurações que o operador tem que fazer manualmente, antes de fazer a manobra ele aperta um botão e consegue fazer tudo isso automatizado. Então facilita a operação, reduz a fadiga do operador, e faz com que ele tenha plena atenção na operação da colheita”, explica o representante da empresa.

John Deere - apresenta colhedora CH950 com novo pacote de tecnologia
Foto: Divulgação

Com o Harvest Monitor com SmartClean é possível acompanhar como está o consumo de combustível por tonelada colhida, bem como produtividade e nível de impurezas vegetais de cada talhão. Um sensor óptico é responsável por identificar o nível de produtividade da cana colhida e ao mesmo tempo o sistema calcula o percentual de impurezas vegetais e também o consumo de combustível por tonelada.

Ele identifica, através dos sensores, os níveis de perdas no extrator primário e o próprio sistema ajusta automaticamente sua rotação. Esse auto-ajuste mantém o nível de impurezas vegetais e perdas dentro dos padrões predeterminados. Outra vantagem, é a economia de combustível por conta do gerenciamento automático de RPM do extrator primário.

Através do JD link dados da máquina e da operação são enviados automaticamente para o Operation Center a partir disso é possível gerar relatórios de desempenho, de consumo e de uso do piloto automático. Além disso, a plataforma permite acesso a diagnósticos remotos com apoio do concessionário que analisa os alertas de falhas, acessa remotamente display e faz atualizações de software.

Embora quase dobrar a capacidade da colheita seja um resultado impressionante e bem-vindo, o impacto da CH950 vai muito além da produtividade. Modelos anteriores de uma linha exigiam que uma colhedora de seis pés de largura trabalhasse em um espaçamento de linhas de cinco pés de largura. Os desafios associados a essa incompatibilidade foram vários.

“Isso criava problemas de compactação do solo à medida que os produtores percorriam os mesmos espaçamentos de linhas várias vezes e danificava os leitos de raiz e causava um corte inadequado da colheita”, comenta Jesse Lopez, gerente global de negócios de cana-de-açúcar da John Deere.

A largura da máquina anterior muitas vezes fazia com que os trilhos da colhedora subissem ao longo da estrutura da raiz da planta e levantavam o talo do solo ao cortar a planta. Isso frequentemente dificultava a capacidade da planta de crescer novamente. A base mais ampla da CH950 remodelada alinha as esteiras da colhedora diretamente no centro das linhas, permitindo uma redução de 60% na compactação do solo, pois a máquina percorre apenas uma vez alguns espaçamentos entre linhas e nunca outros.

John Deere apresenta colhedora CH950 com novo pacote de tecnologia
Foto: Divulgação

A CH950 traz em sua configuração todas as ferramentas de tecnologia e agricultura de precisão necessárias para entregar ainda mais resultados ao produtor, como:

  • Field Cruise;
  • Piloto Automático;
  • Gerenciamento de Manobras;
  • Monitor de Colheita SmartClean;
  • Monitor Gen4 CommandCenter;
  • JDLink;
  • Operations Center;
  • John Deere Connected Support.

Além desses benefícios, há uma grande economia de combustível e benefícios logísticos associados à CH950. Ao quase duplicar a produtividade de cada máquina, a CH950 melhorou a eficiência de combustível em até 17%.

Esse impressionante aumento na produtividade de uma única máquina reduz o número de colhedoras necessárias para fazer o mesmo trabalho em impressionantes 50%. Para nossa operação de fazenda modelo, isso significa 11 máquinas em vez de 22. A linha extra também significa que até 27% menos tratores são necessários para mover a cana do vagão de colheita para os caminhões de transporte. Além disso, menos máquinas em campo significam uma redução de aproximadamente 35% no número de operadores.

Segundo o gerente de produtos para cana-de-açúcar, também é possível fazer mais com menos. “Vamos conseguir produzir a mesma quantidade de açúcar e a mesma quantidade de etanol com menos recursos”, comemora. “Essa é a definição de sustentabilidade.”

Com informações do Relatório de Sustentabilidade 2021 da John Deere. Texto adaptado de Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, fundador do “O Agro não Para” e proprietário da BIOENERGY Consultoria e investidor em empresas.

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