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60% dos pecuaristas em atividade vão desaparecer em 20 anos

Estar dentro dos 40% restantes na atividade requer aplicação de tecnologias, treinamento de mão de obra, planejamento e tomadas de decisões acertadas, certamente, com ajuda de consultorias especializadas.

É comum ouvir falar que a pecuária não é rentável, que ela perde para a agricultura, que o pecuarista está desatualizado, que ele vai perder área para agricultura. E isso não é uma “meia verdade”. Nos próximos 20 anos, 60% dos pecuaristas que estão em atividade no Brasil vão desaparecer. Em contraponto a má notícia, a produção pecuária será maior daqui a duas décadas.

O fenômeno é explicado pela possibilidade de um negócio não rentável ser substituído por um lucrativo, ou seja, pequenos produtores de gado poderão abandonar a atividade por não terem lucro. A avaliação é do Consultor em gestão de projetos para a pecuária de corte e diretor da Sociedade Rural Brasileira, Francisco Vila.

“Antigamente a terra era o principal fator para produção rural. Quanto mais terra, mais animal pode colocar. Hoje mudou, os principais fatores são o capital e o conhecimento. Você faz mais com o mesmo. Se você tem 500 hectares, em vez de 500 animais, coloca mil. Para isso, você tem que aplicar um modelo de gestão diferente. É como se você fosse construir um prédio de três ou quatro andares, você precisa de tecnologia diferente da empregada na construção de uma casa, e sem sombra de dúvida, você vai precisar de orientação especializada para isso, aí que entra a consultoria”, afirma Vila.

O pecuarista e médico veterinário Eduardo Gheno das Fazendas Campo Verde e Cachoerinha em Jaraguari – MS decidiu no final de 2013 buscar essa orientação especializada. Com uma área total de 5.260 ha de pastagem dedicadas ao ciclo completo (cria – recria – engorda) e à terminação de animais precoces em sistema de confinamento iniciou um projeto com a consultoria AGE Gestão Estratégica. Com o início dos trabalhos foi dado continuidade às reformas de pastagens iniciadas em 2013 com introdução do milheto para pastejo e subsequente plantio de novas espécies forrageiras. “Hoje trabalhamos com lotação anual média de 2,7 U.A./ha nessas áreas de pastos adubados e terminamos 40% do cruzamento industrial com cerca de 18 meses a pasto com suplementação”. Afirma Eduardo. “A Fazenda hoje trabalha com um rebanho em torno de 7100 cabeças e um desfrute da ordem de 38%”.

O pecuarista precisa acompanhar a evolução tecnológica e as mudanças de mercado, entretanto, informações de qualidade e orientação de quais os melhores caminhos a seguir

“Até 2014 nosso confinamento com base em silagem de cana era realizado de forma simples, sem muitos controles zootécnicos ou financeiros. A partir do início do projeto foi planejada a montagem de uma fábrica de ração, que hoje produz toda suplementação farelada do gado, e a compra de um vagão misturador. Daí por diante obtivemos total controle de desempenho e dos custos de produção, conseguindo alcançar rentabilidades excepcionais nesse último ano. Nosso planejamento estratégico se apoia na genética, no que se tem de mais atual hoje em termos de nutrição animal, no manejo de cocho eficiente e na capacitação das equipes”.

Gheno ainda cita mais alguns ganhos da parceria com a AGE. “O faturamento projetado para o ano de 2017 é o dobro do faturamento realizado em 2013. Na reprodução aplicando estratégias nutricionais diferenciadas, manejos e procedimentos adequados nosso índice médio de IATF saltou de 52% para 60% o que representa um incremento de 15% na quantidade de animais geneticamente superiores. Avançamos também na produção de alimentos pois temos hoje área arrendada para soja que nos produz pastagem para o inverno e estamos colhendo nossa primeira lavoura de milho e milheto para silagem”.

Alexander Gimenez, Zootecnista, Especialista em Produção de Ruminantes com MBA em Gestão Estratégica do Agronegócio está à frente da empresa e desenvolve todas as atividades através do método PLANEJA FAZ CONFERE AGE. Segundo ele “esse ciclo nos permite avançar de maneira eficiente com um processo de melhoria contínua o que possibilita a criação de estratégias, a realização das atividades, o controle dos processos, além de permitir ações pontuais e específicas de correção e fortalecimento. O método prioriza a otimização da produção, a maximização dos lucros, a qualidade dos produtos, o aumento da rentabilidade do empreendimento e, por fim, a tão almejada sustentabilidade para a atividade”.

“O pecuarista precisa acompanhar a evolução tecnológica e as mudanças de mercado, entretanto, informações de qualidade e orientação de quais os melhores caminhos a seguir de acordo com o perfil da sua propriedade são fundamentais. Nesse ponto ele precisa superar a barreira de que a consultoria é ‘cara’ ou apenas necessária e acessível para grandes projetos. Hoje temos vários modelos de atendimento funcionando bem e com excelente custo benefício que foram desenvolvidos para garantir que todos possam melhorar e fiquem entre os 40% restantes na atividade pecuária como disse o Vila”, conclui Gimenez.

Planejamento é a palavra-chave do negócio

De acordo com Gimenez da AGE: “Todas as atividades são voltadas para o estabelecimento de metas e objetivos claros com foco total no resultado. A comunicação eficiente e, a certeza, que todos conhecem os objetivos, suas responsabilidades e estão comprometidos com o resultado será fundamental para o projeto”.

Para tanto, dentre as diversas atividades realizadas pela consultoria podemos citar a atuação no desenvolvimento do projeto de produção, no planejamento estratégico e de safra, na organização geral, no controle e direção da propriedade, entre outros, possibilitando que recursos e competências sejam desenvolvidos e aplicados para que as metas e resultados planejados sejam alcançados; Introdução de melhorias nos processos e rotinas de trabalho, avaliação de desempenho das equipes e realização de treinamentos dirigidos às necessidades do projeto; Auxílio nos levantamentos dos custos de produção, indicadores zootécnicos e financeiros, estratégias de comercialização e aquisições, orientações sobre mercado, etc”.

“A evolução do agronegócio exige, cada vez mais, que o produtor tenha estratégias de curto, médio e longo prazo bem definidas e modelos de produção estabelecidos para o seu negócio”.

Autor Wisley Torales do Jornal Agroin Agronegócios 

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