
“Nesse período de transição precisamos fazer um trabalho nos Estados e informar o produtor para que a cadeia possa se organizar para o início da obrigatoriedade.”
A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA discutiu, na sexta (22), os impactos das tarifas dos Estados Unidos para o setor, e outros temas como bem-estar animal e o Congresso Nacional da Carne (Conacarne) que será realizado nos dias 18 e 19 de setembro, em Belo Horizonte.
O vice-presidente da Comissão, Rafael Gratão, abriu a reunião, que contou com a participação de representantes das Federações de agricultura e pecuária estaduais.
A pauta começou com a apresentação do assessor de Relações Internacionais, Pedro Rodrigues, sobre as tarifas impostas ao Brasil pelo governo dos Estados Unidos e os efeitos na cadeia de bovinos.
Rodrigues contextualizou o cenário, com as rodadas de negociações de vários países com os EUA. “O Brasil foi tarifado em 50%, esse é o teto, nenhum país no mundo tem essa taxação.”
O assessor falou das iniciativas da CNA em relação ao tarifaço, como encontros com a Câmara Americana de Comércio (US Chamber of Commerce) e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), e a resposta protocolada pela Confederação na investigação aberta pelo governo americano.
Pedro Rodrigues também falou da audiência pública em Washington, em setembro, onde a CNA irá levar argumentações sobre tarifas, etanol e temas ambientais.
O assessor da comissão, Rafael Filho, mostrou dados sobre os impactos das tarifas no setor da pecuária e as possibilidades para o segmento buscar outros mercados até que a questão com o mercado norte-americano seja resolvida.
Rafael Gratão pontuou que é necessário deixar o produtor informado sobre o assunto para que ele possa se planejar fazer os ajustes necessários.
Identificação
A Comissão também abordou o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB) lançado em dezembro de 2024, desenvolvido para fortalecer a rastreabilidade na cadeia produtiva de carne e leite no Brasil, atendendo às demandas por segurança alimentar e controle sanitário.
O técnico Rafael Filho afirmou que a CNA compôs o grupo de trabalho que elaborou o plano estratégico 2025-2032 para execução do plano e que a partir da publicação da portaria nº 1331, o Ministério da Agricultura estabeleceu o cronograma de implementação do Plano, que terá o prazo de oito anos para que as regras passem a ser obrigatórias para o produtor rural.
“Nesse período de transição precisamos fazer um trabalho nos Estados e informar o produtor para que a cadeia possa se organizar para o início da obrigatoriedade.”
Bem-estar
Rafael Filho também abordou a consulta pública das portarias SDA/MAPA nº 1.280/2025 e nº 1.295/2025, que tratam de regras e procedimentos para a proteção e o bem-estar dos animais de produção durante o transporte. Ele destacou que a CNA está compilando sugestões das federações, em todas as cadeias produtivas, para a consulta que termina no dia 5 de setembro.
Conacarne
Além desses temas, o gerente de agronegócio do Sistema Faemg/Senar, Rafael Rocha, deu atualizações aos participantes sobre o Congresso Nacional da Carne (Conacarne) que será realizado nos dias 18 e 19 de setembro, em Belo Horizonte (MG).
O evento é promovido pelo Sistema CNA/Senar e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).
Os interessados em participar devem procurar a Federação de agricultura e pecuária do estado.
“Precisamos fortalecer esse evento para mostrar nossa produção e divulgar o agro”, finalizou Rafael Gratão, vice-presidente da Comissão.
Fonte. CNA
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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